As eleições municipais, em
Icó, até o momento, registrava o perfil mais tranqüilo das regiões Vale do Salgado
e Centro-Sul do Estado do Ceará, onde, a civilidade estava sempre acima das
paixões partidárias.
Porém, os ânimos e as
tolices, que vêm sendo destilados através das redes sociais, têm levado amigos
comuns e pessoas simples do povo, a um estado de “guerra” tão deplorável que
chega a ser ridículo e perigoso, de todas as partes envolvidas, registre-se.
Ontem, em pleno sítio
histórico de Icó, “os amarelos”, partidários do “PMDB”, se dirigiam em
caminhadas tranqüilas e serenas, pela Rua Desembargador José Bastos. Enquanto
isso, “os verdes”, que são seguidores do “DEM”, percorriam também de forma pacífica
pela Rua Senhor do Bonfim, sem anormalidades.
Ocorre, que os “políticos”
se encontraram já no final dos eventos, nas mesmas ruas em referência. Foi o
bastante para o início de sopapos e pontapés e, também, quebradeira de veículos
e pertences pessoais de alguns apaixonados eleitores.
Pessoas que são conhecidas
desde o nascedouro, que freqüentam o mesmo ambiente; que compram e comem do
mesmo pão da padaria do Raimundão; que buscam por fé e paz, nas Igrejas
tricentenárias de Icó; que muitas vezes tem a mesma tradição cultural e
genética queriam num só momento, distribuírem todas as suas indiferenças ideológicas,
através de “tapas”, dos “chicotes”, da “violência”.
A polícia já está no caso.
Agora é esperar!
Diligenciando, sabe-se perfeitamente
que ambos deram causa. Ou quem sabe melhor, quem seria o totalmente
responsável.(?)
Prefiro entender, que isto
é um absurdo, para um pleito que estava sendo exemplo para o Estado do Ceará e
para o aperfeiçoamento democrático.
Finalmente, a justiça
eleitoral deve orientar melhor esses eventos, respeitando os limites da tolerância,
as datas, locais, horários, carreatas, etc, para tudo isso não termine em
tragédia.
Parafraseando Padre
Queiroga, para lembrar a justiça eleitoral de Icó: “Se não resolver pelo amor,
se resolva pela dor”.
Então, multa eleitoral no
bolso e uma canjinha de galinha não faz mal a ninguém.
