quarta-feira, 31 de março de 2021

Entardecendo em Icó!



Em Icó faz calor. Às vezes sopra uma brisa. Às quatro da tarde ainda é possível sentir o mormaço nas paredes dos prédios que ficam virados para o sol.

Às cinco da tarde as pessoas começam a pôr as cadeiras nas largas calçadas de algumas ruas. Formam-se rodas de famílias e amigos.
No Largo do Théberge jovens jogam bola, brincam as crianças; as meninas passeiam.

Vai entardecendo calmamente: Icó é uma bela cidade.

(Por Plínio Bortolotti, jornalista).
- Foto: Jardim Maria Pastor.

DITADURA NUNCA MAIS!

 


UMA LINDA HISTÓRIA DE AMOR!

 


(Peça teatral apresentada no Teatro da Ribeira dos Icós).

Laços Incandescentes é uma ficção baseada em fato real que foi repassado na oralidade e narra o impossível amor entre os irmãos Bernardo Duarte Brandão, o Barão do Crato, e Maria do Rosário, a caçula da família.

Também faz referência à luta abolicionista e fatos da época.

Laços vem trazer o conhecimento de nossa história e de nossas lendas, resgatando nossa memória e consciência do nosso rico patrimônio.

Sinopse:

Em “Laços”, o tempo é o veículo que nos permite guiar a uma profunda reflexão de nossa Consciência e de nossa História. E, sobretudo, a um mergulho em nossa alma.

O Espetáculo é contado á partir das lembranças de Dona Maria do Rosário e acontece na cidade de Icó/CE, em meados do Século XIX e início do Século XX.

Assim, 40 anos depois da morte de Bernardo, Barão do Crato, sua irmã Rosário volta ao antigo e abandonado sobrado para vendê-lo.

Ao rever o sobrado e alguns móveis que restaram, viaja ao remoto passado e revive seu drama de amor impossível, sua doce e triste história de amor com seu irmão que não podendo se realizar sublimaram seus sentimentos num pacto de renúncia, num laço de fidelidade eterna.

O Espetáculo também aborda a escravidão, pelo personagem abolicionista Dr. Leônidas, além de brincar com o tempo, mostrando imagens de fatos atuais, através de projeções, para pontuar determinados trechos da peça.

A Performance Teatral que antecede e encerra o Espetáculo faz a conexão da escravidão do passado com a escravidão contemporânea, criticando nosso contexto político e social.

(Por Acácio de Montes, artista e teatrólogo).

ANTÔNIO DO BOMFIM!



(Se apresentou no Teatro da Ribeira dos Icós e no Teatro José de Alencar, em Fortaleza).

O espetáculo Antônio do Bonfim conta um fato ocorrido em 1824, na cidade de Icó, onde um revolucionário da Confederação do Equador, Antônio Pluma é preso pelo Capitão Canela Preta e condenado ao fuzilamento, mesmo que sua mulher tenha tentado salvá-lo, indo implorar às autoridades.

Assim, como na oralidade popular, o condenado clama pelo Senhor do Bonfim na hora da execução e um milagre acontece:

- "Nenhuma bala o atinge e o povo eufórico o carrega nos braços até a Igreja do Bonfim".

Paralelo a tudo isso, um grupo de sem-terras, que protesta, é detido por policiais armados e seu líder, Antônio Brasileiro é morto no confronto.

Assim, as épocas se fundem no mesmo grito de liberdade!

(Por Acácio de Montes).

Para quem desconhece os fatos vivenciados neste país no passado não muito longe, recomendo a leitura do livro Brasil, Nunca Mais!

 


segunda-feira, 29 de março de 2021

“AGRADEÇO A TODOS PELAS CORRENTES DE ORAÇÕES”, disse Neto Nunes

 

O ex-deputado estadual, Neto Nunes (PDT), falou nesta segunda-feira(29) à rádio Papagaio-FM de Icó para agradecer aos familiares, amigos e correligionários pela formação de correntes de orações pelo restabelecimento de sua saúde.

Neto Nunes foi acometido duas vezes de Covid e chegou a ser internado às pressas em um hospital de Fortaleza recentemente.

“Deus, os profissionais de saúde, e as orações de todos me curaram”, afirmou.

Na oportunidade, além dos agradecimentos públicos, Neto Nunes anunciou que ainda esta semana estará liderando um movimento denominado de “Icó Solidário” para arrecadar cestas básicas que serão distribuídas às pessoas em estado de vulnerabilidade social.

“Fizemos esta união de entidades no início da pandemia, ainda em 2020, quando reunimos políticos, lideranças comunitárias, religiosos, empresários, profissionais de saúde, instituições públicas e privadas, para distribuirmos cestas básicas às famílias que precisam de ajuda em Icó”, esclareceu.

DOAÇÃO DE SALÁRIO

Neto Nunes informou também que além do Projeto Icó Solidário, a sua esposa que é a prefeita de Icó, Laís Nunes, fará doação de 50% de seu salário como gestora municipal e, que todos os cargos de confiança da prefeitura, irão doar um percentual por mês para aquisição de cestas básicas à população carente.

VISTA AÉREA DO ICÓ

 


LARGO DO THÉBERGE E RIO SALGADO.

IMAGEM: FABIANO SILVA.

VOCÊ SABIA QUE ICÓ TEVE A SUA PRÓPRIA MOEDA?



Por volta de 1829 a 1833 começou a circular uma grande quantidade de moedas falsas em várias províncias, por causa disso, no Ceará, o Governo Imperial resolveu instalar no Icó a Casa da Moeda; e foi criada a moeda do Icó.

As moedas de 40 e 80 réis eram de bronze e a moeda de 960 réis era de prata. Todas elas com o carimbo do Icó forjada a ferro quente.

Existe um colecionador nos Estados Unidos que paga até $7.000,00 dólares por um único exemplar.

Será que a gente cavando aí pelos sobrados achamos alguma ainda?

FOTO: Arquivo Pessoal;

TEXTO: Altino Afonso e Daniel Bruno


Distrito Sede de Lima Campos em Icó. Imagens: Fabiano Silva.

sexta-feira, 26 de março de 2021

"Governar é ter a coragem de escolher e a humildade de rever". (Dr. Lúcio Alcântara, ex-Governador do Ceará).

 


O BARÃO DO CRATO



Poucos sabem, mas esta é a verdadeira foto do Barão do Crato.

Bernardo Duarte Brandão, primeiro e único barão do Crato (Icó, 15 de julho de 1832 - Paris, 19 de junho de 1880) foi um político brasileiro.

Filho de Bernardo Duarte Brandão, formou-se em Direito, em 1854.

Foi deputado provincial em por duas legislaturas, além de vice-presidente da província do Ceará; depois deputado geral entre 1864 e 1870 (12ª e 13ª legislaturas).

Agraciado Barão em 14 de setembro de 1866, também era oficial da Imperial Ordem da Rosa.

As tradições contam que o Barão era implacável com seus escravos e que ele pessoalmente os torturava de forma tal, até o sangue correr, de tantas chicotadas e maus-tratos.

Arrancar dentes a sangue frio era outro castigo impingido pelo Barão do Crato a seus escravos.

Dizem que muitos negros foram mortos pelos castigos aplicados por ele, e que os feitores enterravam no quintal do sobrado, ou nas margens arenosas do Rio Salgado.

Texto: 1001 Cearenses Notáveis - F. Silva Nobre. Jaqueline Aragão Cordeiro.

Foto: Jornal O Cearense - Publicação do dia 08 de maio de 1863. Pesquisa de Yuri Guedes.

(Copiado de Daniel Bruno).

quinta-feira, 25 de março de 2021

"PSD pretende se viabilizar para a disputa majoritária no Ceará", informa Domingos Filho


Uma das principais forças políticas no Ceará, o PSD quer discutir nomes para a disputa majoritária no próximo ano, quando se encerrará o mandato do governador Camilo Santana (PT).

De acordo com o presidente da agremiação, Domingos Filho, a questão da disputa eleitoral de 2022 deve estar atrelada ao cenário nacional, que poderá influenciar diretamente nas escolhas locais.

“O partido político que não tiver projeto majoritário não é um partido político, é apenas um aglomerado de pessoas”, disse o dirigente quando questionado sobre as pretensões da legenda para o pleito do próximo ano. Segundo ele, porém, os nomes só serão avaliados em momento posterior com a participação das principais lideranças do grupo de partidos aliados no Estado.

“Cada partido, no momento adequado, terá que tratar sobre esses temas. Mas também precisam cuidar da questão da pandemia. No momento certo, cada qual vai colocar os nomes à disposição de acordo com as forças políticas e naquilo que for razoavelmente adequado”, afirmou.

Ele lembrou que no pleito de 2014, quando os nomes majoritários apontados para a disputa eram do PROS, o candidato escolhido foi Camilo Santana, do Partido dos Trabalhadores (PT). 

“Isso está vinculado a um projeto nacional de momento. Nós estamos dentro de um campo e é razoável as ponderações feitas pelo PDT e demais partidos. Quem está dentro desse campo vai avaliar o melhor nome”, disse.

Ainda de acordo com Domingos, além dos nomes em questão para as devidas vagas, é preciso saber também que partidos estarão aliados à base governista. “O PP vai estar com a gente? O DEM? O MDB? Os partidos que vão se coligar nacionalmente estarão livres para se coligar aqui?”, questionou, destacando que o PSD já sinalizou total liberdade para atuação da agremiação no Ceará. 

- “Os outros estão nesta mesma situação?”. 

Ele destacou também que o PSD esteve ao lado do grupo desde 2006, quando Cid Gomes foi eleito pela primeira vez governador do Ceará. No entanto, lembrou alguns desentendimentos, como aqueles ocorridos que provocaram o processo de extinção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). 

“Temos mais razões de afinidades do que apartação. Toda nossa lógica é de estarmos juntos, sem razões para separação”, argumentou Domingos.

(Com o jornalista Edson Silva).

O VELÓRIO DO PAVÃO!



Uma edificação colonial construída em torno de 1835, na Rua dos Sobrados, como também era chamada a Rua Grande após ser residência de várias figuras da nobreza local, inclusive ali nasceu o Comendador Nogueira Acioly, passou a ser utilizada para a atividade hoteleira.

O Hotel pertencia a Raimundo Vieira, o mesmo citado em outro momento neste livro, para relatar a “1ª sorveteria do Icó”, sendo o Hotel Central vendido, em janeiro de 1955 a Zé Roberto Alencar, sogro do Pavão.

E ali permaneceu por uma longa temporada, até 1970, hospedando as pessoas mais importantes que visitavam o Icó, entre eles, Luiz Gonzaga - o Rei do Baião - que, em 1958, foi promover um show com a sua sanfona.

Alguns comerciantes, ainda solteiros, residiam nesse ambiente familiar, vindo à lembrança Dico (Raimundo Eduardo de Freitas) e Valdemar (Amadeu Ferreira de Oliveira), além de caixeiros-viajantes, representantes comerciais que andam de terra em terra com o mostruário das casas que representam.[O importante imóvel, tombado pelo patrimônio histórico, passou a ser a ser da Prefeitura Municipal do Icó, recebendo o nome de Palácio da Alforria.

Até 1977 o Hotel Pavão situou-se em outro prédio histórico, uma casa construída na época do Ciclo do Couro, em 1730, antiga Fazenda Bom Sucesso, pertencente às Janocas, na área poligonal do tombamento pelo Iphan, no centro comercial do Icó.

O proprietário do hotel, conhecido por todos por "Pavão", cognome que encobriu totalmente o nome de batismo, era uma pessoa estimada por todos pelo seu jeito simples, educado e que tinha um hábito de participar de todos os velórios que tivessem ocorrendo na cidade.

Ninguém sabe ao certo quando começou essa rotina do Pavão de participar dos velórios da cidade, mas falam que ele ainda era adolescente quando iniciou com o hábito e continuou com a mesma disposição de não falhar a nenhuma despedida, independente do falecido, se era ou não conhecido.

As ações do Pavão nos velórios eram sempre as mesmas. Ele chegava, tentando chamar a menor atenção possível, cumprimentava algumas pessoas com acenos discretos e ia ao encontro dos familiares do finado.

Abraçava-os e desejava força.

Essa rotina transformou Pavão em uma lenda, cercada de histórias e muitos comentários pela cidade. Uma dessas histórias diz que o motivo dele fazer isso é porque está pagando uma promessa até o final da vida.

Uma distinta versão diz que o rito era apenas gostar de consolar o próximo. A bem da verdade é que ninguém sabe ao certo a motivação do Pavão em participar de todos os velórios da cidade.

Aposentado, viúvo, pela segunda vez, o conhecido e respeitado hoteleiro, nascido em 06 de janeiro de 1918, resolve encerrar as atividades e fixar residência na vizinha cidade de Iguatu ao lado da sua filha.

A sua ausência aos funerais começou a ser sentida e comentada por todos os presentes, e nada do Pavão aparecer para pontuar a sua participação, no entanto, logo aparecia alguém para lembrar a sua mudança de domicilio.

Após alguns anos, o calendário registrando suas 88 primaveras, já com registros de problemas de saúde, apesar dos cuidados da filha, o honrado conterrâneo veio a óbito e por prévio desejo, o sepultamento foi marcado para o Icó.

O féretro foi de Iguatu à Igreja Matriz do Icó e providenciado o contato com o carro de som para percorrer a cidade anunciando o falecimento de "Antônio Nunes Cunha", naquele dia, 08 de abril de 2006.

Apesar de ter sido aguardado um grande número de pessoas para velar aquele que sempre o fez indistintamente por tantos anos, ninguém apareceu, além dos que vieram na comitiva do município vizinho.

A notícia do abandono da população àquele ato de caridade cristã se espalhou na cidade e grande foi a perplexidade de todos em saber que o Antônio Nunes Cunha anunciado na radiadora volante era o querido por todos icoenses, conhecidíssimo Pavão que teve uma vida inteira em contínua interatividade com os conterrâneos.

#Por Gilson Moreira - (extraído do livro “Fatos Pitorescos da Ribeira dos Icós e outras Ribeiras”).

ICÓ E A ABOLIÇÃO DOS ESCRAVOS!



As montagens constantes desta postagem retratam dois momentos:

- A primeira um acoitamento de um escravo diante da Igreja da Expectação de Icó, templo por excelência que era de exclusividade da aristocracia branca, e onde possivelmente estava instalado o tronco e o pelourinho;

- A segunda imagem, uma festa de frente à Igreja do Rosário. Utilizei fotos antigas das igrejas e gravuras de Debret, um trabalho multimídia.

Tentei com isso idealizar como teriam sido a vida no Icó colonial e como teria sido a festa em Icó quando se soube da libertação dos Escravos de 13 de maio 1888. Ainda que Icó já tivesse abolido os seus escravos em "25 de abril de 1883".

Com certeza a libertação dos escravos no Ceará estivesse fundamentada em uma certa desnecessidade econômica de manter-se os negros cativos. Ali não havia a cultura da açucarocracia pernambucana, nem as elites estabelecidas como no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia.

O Ceará, na verdade, foi a primeira província Brasileira a libertá-los. Daí vem a designação de “Terra da Luz” alcunha criada por José do Patrocínio .

Aqueles princípios abolicionistas levaram muitos cearenses a fundarem, em 08 de dezembro de 1880, a Sociedade Cearense Libertadora como forma de unir forças para o movimento que tinha por objetivo a abolição da escravatura. A referida Sociedade criou o seu jornal - órgão de propaganda abolicionista, denominado "O Libertador".

Posteriormente, foram sendo criados outros jornais: A Constituição, Pedro II e Gazeta do Norte.

Dessa forma, as ideias abolicionistas ganhavam expressão em todo o Ceará. Formavam-se, também, associações, inclusive compostas por mulheres.

O Icó teve participação ativa no movimento abolicionista cearense através do Comendador Antônio Pinto Nogueira Acioly e do engenheiro que construiu o teatro de Icó, Henrique Theberge - também fundador da Academia Cearense de Letras (filho do médico e historiador francês naturalizado icoense, Dr. Pedro Theberge).

Na tela pintada por José Irineu alusiva à sessão de instalação da redenção dos cativos da capital cearense, cujo quadro ornamenta o Palácio da Alforria, são retratadas as respectivas personalidades representativas da cidade de Icó.

Os auspiciosos princípios abolicionistas, nos primeiros anos de 1880, coincidiam, em Icó, com as consequências da terrível seca que durou de 1877 a 1879, causando prejuízos irreconciliáveis, contribuindo para a decadência da cidade, a total dizimação dos rebanhos e a perda do poder econômico dos fazendeiros, dificultando a manutenção das senzalas.

Diante de tais fatos, a possibilidade de libertação dos escravos chegava em boa hora.

Assim, em 25 de março de 1883, Icó alforria seus escravos; um ano antes do ato oficial que dava ao Ceará a primazia da libertação dos escravos no Brasil.

(Do Site Icó Nacional e Icó na Rede).

segunda-feira, 22 de março de 2021

Laís Nunes fala sobre atual cenário de Covid-19 em Icó e ações de combate à doença



Em entrevista para a Papagaio FM (97.5) na tarde de hoje (22), a prefeita Laís Nunes falou sobre o atual cenário de Covid-19 no município, as diversas ações de combate ao vírus e a importância da cooperação da população em seguir à risca as medidas preventivas.

"Estamos trabalhando no limite. Faltam até remédios do kit intubação e insumos e não é só em Icó, nem no Ceará, é em todo o País! As UTIs estão lotadas e há fila de espera por um leito em toda a região", afirmou Laís Nunes.

Mais vacinas

De acordo com a prefeita Laís Nunes, ela conversou com o governador Camilo Santana para tentar levar mais vacinas para o município. "Sabemos da dificuldade e demora. Mas o governador é muito responsável e competente. Assim que as vacinas chegam, ele distribui imediatamente para os municípios, mas ainda é insuficiente", explicou.

"Sancionei a Lei para aquisição direta de vacinas em Consórcio pelo município de Icó. Todos os esforços serão direcionados ao combate do Covid-19. Se preciso for, serão paradas todas as obras, despesas com outros projetos e redirecionado verbas para esta luta em defesa da vida!", enfatizou.

Medidas emergenciais

"Sabemos das medidas duras e do sofrimento dos setores econômicos, mas estamos trabalhando para tentar reduzir os impactos", falou Laís sobre medidas como as 435 novas famílias icoenses em situação de vulnerabilidade inclusas no Cartão Mais Infância, do Governo do Estado.

Outras medidas aprovadas nas últimas semanas foram a compra de cestas básicas e kits de higiene para as famílias do mesmo perfil e a já existente entrega de kits de alimentos da Merenda Escolar para alunos matriculados na rede municipal de ensino.

Além disso, o Governo do Estado também beneficiou Icó com o programa Agente Jovem Ambiental (AJA) com 76 vagas para o município, nas quais jovens selecionados receberão por 2 anos uma bolsa de R$ 200, que, juntamente com o auxílio emergencial do Governo Federal, devem ajudar a movimentar a economia local.

Medidas preventivas

O secretário adjunto da Saúde, Dr. Fabrine, também participou da entrevista e afirmou que "a esperança de controlar a doença é a vacina. Mas enquanto ela não chega, a única forma de prevenir o vírus é através do uso da máscara, higienização das mãos com álcool em gel e, principalmente, o respeito ao isolamento social".

DEBATE



A luta das ideias, com responsabilidade, compromisso e ética, com visão humanista e solidária; assim deveremos nos portar!

Segunda-feira(22), às 12h, estaremos na rádio Talismã, ao vivo!

Numa conversa aberta com a prefeita Ana Vládia e com os ex-prefeitos de Solonópole Webston Pinheiro e Odorino Pinheiro.

Em defesa da sociedade e no enfrentamento ao Covid-19!

Mediação do repórter Hudson Nogueira.

Bom dia!



Acho que tem aí fora alguém testando tudo o que nos resta de vida. Os sonhos, as lembranças, os valores, as comunhões, os desprezos, as distâncias...tem que ter alguém cuidando disso, do silêncio que nos faz ouvir o sangue bombeado, o juízo quase seco e com poucas ideias.

Tem que ter alguém, alguma coisa, algo que está pondo num prato de balança o que somos, o que temos, o que queremos e não é só a mega sena acumulada que queremos, até porque não teríamos para onde ir gastar.

Tem que ter alguém aí fora espiando nossos comportamentos, nossos medos, nossos vícios, nossa sexualidade, nossas loucuras. Tem que ter!

Não é possível que não haja alguém tomando conta desse pandemônio.

Se alguém aí fora souber e tiver condições que explicar, por favor, não me telefone que quero ficar ainda mais sozinho pra entender nem quem está aí fora, mas por quê e para quê.

(Macário Batista, jornalista).

A ORIGEM DA PALAVRA ICÓ

 


A palavra Icó é de origem indígena e significa "Água ou Rio da Roça" (Yg = Rio ou Água + Có = Roça). Este foi o nome dado a uma tribo Tapuia da Nação Cariri - Os índios Icós, radicada as margens do Rio Salgado (CE) e do Rio do Peixe (PB).

A tribo foi dizimada pelo homem branco, pois seus membros não aceitavam ser escravizados pelos desbravadores das suas terras.

Icó também refere-se a uma árvore da família das Caparidáceas, cientificamente chamada de Capparis Yco, conhecida como Icozeiro, cujo fruto chama-se ICÓ.

Hoje esta árvore está extinta em nossa região devido ao avanço da pecuária da época, pois em sua variedade de espécies, o Icozeiro fazia mal aos animais.

Mas, o que poucos sabem é que antes de ser assim chamada, esta terra teve muitos outros nomes, a saber:

Ribeira dos Icós, Arraial Velho, Arraial Novo, Arraial de Nossa Senhora do Ó, Sítio de Nossa Senhora do Ó dos Icós, Povoação do Salgado, Icó dos Fonsecas, Icó dos Montes e, finalmente, o ICÓ.

Apesar da resistência da população e dos motivos que, em épocas passadas, tenham gerado tal denominação, não se pode negar que Icó é também conhecida como "Terra do Louro", mas isso, é história para uma outra postagem.

Texto: Daniel Bruno Batista Martins
Fotos: IBGE e Arquivo Pessoal.

No dia mundial da água, essa imagem de nosso valente Rio Salgado em Icó, traduz profundo conteúdo de esperança!

 


terça-feira, 16 de março de 2021

Uma década de lutas e conquistas!



Há praticamente uma década, advogados militantes da Comarca de Icó fizeram uma manifestação pacífica, mas de muito entusiasmo, para reivindicar ao Tribunal de Justiça do Estado do Ceará várias ações.

O evento trouxe na prática a designação de um Juiz de Direito titular (hoje temos três Magistrados e três Promotores); manutenção do Juizado Especial Cível e Criminal; criação da Segunda Vara; instalação da nossa OAB-Subseção do Vale do Salgado que aconteceu pelas expectativas de crescimento do Poder Judiciário local; e, mais recentemente, foi criada a Terceira Vara.

E por diligência dos Magistrados-Diretores do Fórum, também conseguimos com o Tribunal de Justiça, a instalação de uma sede nova para o nosso Poder Judiciário na cidade, vez que o atual funciona precariamente no antigo prédio do Banco do Brasil.

Nada disso foi à toa; foram várias reuniões, diálogos e reivindicações permanentes; viagens, chá de cadeira, perseverança e compromisso com a classe e com a sociedade.

Nós estávamos na luta, Dr. Kleber Colares - valoroso advogado, cidadão icoense e atual presidente da nossa Subsecção -, também foi voz, presença e mostrou disposição para o pleito de todas as conquistas e realizações.

Dr. Kleber Colares não precisou gritar; agredir moralmente quem seja, muito menos insultar as instituições para que o sonho comum de todos os operadores do direito com militância local tornasse, enfim, realidade!

Muito vale o que já feito; mas vale o que virá, presidente Kleber Colares!

"Do Sertão à Capital, com voz e vez!"

(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista).

DEPOIMENTO

 


NOVIDADE NO AR!

 


Quem estreia nesta terça-feira(16), na rádio Papagaio-FM(97.5), é o repórter Gustavo Veras.

Experiente profissional com passagem por diversos veículos de comunicação, Gustavo comandará o Forrozão da Papagaio-FM no horário das 16:30 às 18h.

Dinâmico, deve mesclar boas músicas + notícias!

Convidado por várias emissoras, GV fez opção pela rádio mais ouvida, querida e simpática de sua segunda terra pátria que é o Icó.

Boa sorte, escuta-lo-ei...!




quinta-feira, 11 de março de 2021

Velho Chico chega ao Castanhão!


Momento histórico para o nosso estado. As águas do São Francisco percorreram os 300 km, incluindo o Cinturão das Águas, e chegaram ao açude Castanhão na tarde desta quarta-feira. Cerca de 4,5 milhões de cearenses serão beneficiados com a garantia hídrica da RMF, Cariri e Baixo e Médio Jaguaribe.

A comporta do CAC para receber as águas do São Francisco foi aberta no último dia 1º, em Missão Velha, e a previsão inicial era de chegar ao Castanhão em 30 dias, mas as chuvas intensas aceleraram o processo de transferência das águas. Essa foi uma luta de todos os cearenses!

Camilo Santana, Governador do Ceará.

quarta-feira, 10 de março de 2021

ENTREVISTA À TV OTIMISTA NESTA QUARTA-FEIRA EM RELAÇÃO AO COVID-19 EM ICÓ

 


COMUNICADO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ICÓ


Comunicado

Sobre a discussão na tarde de ontem (9) com os prefeitos da macrorregião do Cariri, onde o Icó está inserido, para adotar ou não imediatamente o lockdown, nos colocamos inicialmente no sentido de esperar até a próxima reunião e a apresentação de novos índices, já que o Icó adotou na última semana medidas mais rígidas e eficazes contra o Covid-19, ratificando os Decretos do Estado e Município.

Após reunião com várias entidades governamentais e não-governamentais, recebemos apoio da população, da CDL, das Polícia Militar, Civil, COTRAN e GCM, enfim, de todos para o plano de ação nas ruas, bairros e zona rural.

Conversamos também com prefeitos do Vale do Salgado e Centro Sul para adotar novas medidas, dentre elas, a proibição da venda de bebidas alcoólicas, aplicação de multas e toque de recolher com novo horário, de acordo com a lei e as normas sanitárias.

O Icó tem um número expressivo de trabalhadores no campo da informalidade, o que sem recebimento de auxílio emergencial até o momento, mais problemas teríamos, pois além deles, ainda soma-se ao pessoal dos serviços não essenciais.

Porém, uma nova reunião acontecerá nesta próxima sexta-feira (12) para nova tomada de decisões, onde o Governo do Estado detém os números atualizados a todo o momento da grave situação.

Registro o total apoio do Governo do Estado do Ceará à população icoense neste momento difícil.

Somos a favor da vida e dela não abriremos mão!

Laís Nunes
Prefeita de Icó

Icó recebe capacetes Elmo nesta quarta-feira (10)



A Secretaria Municipal de Saúde de Icó recebeu do Governo do Estado do Ceará nesta quarta-feira (10), quatro capacetes Elmo destinados ao Hospital de Pronto Atendimento e para o tratamento de pacientes enfermos com Covid-19.
Criado no Ceará, o capacete Elmo reduz em 60% necessidade de internação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), evitando, inclusive, a necessidade de intubar pacientes.

"Recebemos quatro capacetes Elmo e a prefeita Laís Nunes autorizou através das formalidades legais da legislação, comprar mais seis e, desta forma, darmos mais qualidade ao tratamento dos nossos pacientes", disse a chefe de gabinete, Rosana Figueiredo.

Óbitos de Covid-19

Muito embora todas as prevenções e ações de enfrentamento ao Covid-19 no município de Icó, já ocorreram 53 óbitos desde o início da pandemia.

terça-feira, 9 de março de 2021

Polícia prende pessoas sem uso de máscaras em Icó


Uma grande ação coordenada pelo Delegado Regional de Polícia Civil da Comarca de Icó, Glaube Ferreira, juntamente com a Vigilância Sanitária e Guarda Civil Municipal, nesta terça-feira(9) nas ruas e bairros da cidade, foi concluída há pouco com a prisão de 8(oito) pessoas por desrespeito aos Decretos do Estado e Município.

"Não é possível, um ano após o início da pandemia, pessoas estarem fazendo aglomeração e, precisamente nesse caso de hoje, andar nas ruas e estabelecimentos de Icó sem máscaras de proteção e passando, possivelmente, o vírus para outros cidadãos", questionou o Delegado. 

As oito pessoas foram multadas, de acordo com os valores dos decretos, e processados pelo artigo 268 do Código Penal. 

"As ações terão sequência. Estamos exaustos de tanto pedir, orientar, clamar, e as pessoas levarem uma situação grave como esta na brincadeira", afirmou o GCM Alves.

(Do Portal Icó News).

segunda-feira, 8 de março de 2021

PERFIL: TEATRO DA RIBEIRA DOS ICÓS

 


Águas do São Francisco mudam paisagem dos rios no Cariri

 


A liberação das águas do Rio São Francisco pelo chamado “eixo emergencial” do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), no último dia 1º, mudou o cenário de riachos e rios que cortam a região do Cariri. Além de aumentar seus volumes, encheu de esperança os olhos de agricultores e pescadores que vivem em suas margens. Os recursos hídricos, almejados há muitos anos, já percorreram 264 quilômetros, desde a barragem de Jati, desembocando no rio Jaguaribe em direção ao Açude Castanhão, para garantir a segurança hídrica da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).  

Há um ano, também na primeira semana do mês de março, a equipe do Diário do Nordeste visitou o Riacho Seco e a Cachoeira de Missão Velha, em Missão Velha, ainda na expectativa pelas águas do Velho Chico. O primeiro, como o nome mesmo diz, estava completamente seco. Já a Cachoeira, ainda formava suas belas quedas d’água pelas precipitações sobre Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha e que seguem até lá pelo Rio Batateira, mas sem o mesmo volume.  

“Nunca imaginei que o São Francisco estaria correndo no quintal de minha casa”, confessa o agricultor Roberto Silva, que mora ao lado do Riacho Seco. Natural de Aurora, há três anos se mudou para a zona rural de Missão Velha e trabalha cultivando banana. Com o rio cheio, nutre esperança. “Vai trazer muito benefício para a população que tem seus terrenos perto do rio. Quem sabe, pode cultivar mais verdura aqui, no Coité e Canabrava”, observa, citando as comunidades vizinhas. “Ainda tem o benefício de trazer água para quem não tem. Ajudar quem necessita”, projeta. 

O agricultor Expedito João Xavier já é mais contido. “A água aqui vai descer para o Castanhão, para abastecer Fortaleza”, comenta. Mesmo assim, a passagem do São Francisco por suas terras é benéfica. “Tem época que aqui a seca é grande. Então, acredito que vai descer muito peixe. Falam que são mais de três metros de água de lá para cá. Com muita gente precisando, isso chegou e a gente fica de braços abertos”, completa. 

Ampliação

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o volume liberado para o CAC é de 10m³/s. No entanto, em campo, será avaliado a capacidade de ampliar para 12 m³/s. A decisão de liberar a água neste mês de março foi motivada, justamente, para minimizar a perda de água durante o percurso. “As calhas dos rios estão bem úmidas e com algum fluxo natural, contribuindo para diminuir as perdas por infiltração, evaporação e por retiradas. Ninguém irriga na chuva. Deste modo, o tempo de viagem da água será menor que seria no segundo semestre, com leitos dos rios secos”, explicou o secretário de Recursos Hídricos do Estado, Francisco Teixeira. 

Mais à frente, o pescador Francisco José da Silva, o Titico, morador do sítio Araçá, em Aurora, se surpreendeu com o volume que corre pelo rio Salgado. Ao longo de seus 79 anos de vida, o afluente foi sua principal fonte de renda, a partir da captura e venda de peixes como piau e curimatã. Nos últimos anos, com as chuvas mais escassas, a atividade foi se enfraquecendo e, por isso, ver o Velho Chico passando na frente da sua casa o emociona. “Nem imaginava. Já estou com uma idade tão alta, quase nos 80, e vê assim, é muito bonito”, confessa.  

Em época de cheia, a “fartura” é tão grande que chegava a vender peixes em Missão Velha, Barbalha, Crato e Juazeiro do Norte “e já voltava de lá com minha feira”, lembra Titico. “E não parava. Se tivesse peixe, vendia. Era tanto, que terminava dando ao povo”, completa. Com o São Francisco, imagina essa riqueza retornando e também melhorando as condições dos agricultores. “Só se o povo não tiver coragem de trabalhar. Vai melhorar para todo mundo. Em beira de rio, que a terra é úmida, tudo que planta dá. Melhor do que limpar roça cheia de toco. O que vale é ter inteligência e correr para aquilo ali”, acredita o pescador.  

O Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf) tem como atendimento prioritário o abastecimento humano de aproximadamente 400 municípios, nos estados do Ceará, de Paraíba, de Pernambuco e do Rio Grande do Norte. A obra, complementarmente, atenderá as comunidades rurais que estão distribuídas ao longo dos eixos. As águas do São Francisco “funcionarão como uma fonte hídrica permanente para o uso preponderante da população, que é o abastecimento humano, urbano e complementarmente rural”, completou a SRH. Como exemplo, citou o projeto Malha D’água, que criará quatro sistemas partindo do canal do CAC com adutores que levarão a água a dezenas de municípios, distritos e as comunidades rurais. 

Monitoramento

Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) está monitorando, diariamente, o percurso do recurso hídrico pelo fluxo natural dos rios até a chegada no açude Castanhão. Um sistema criado a partir de seções poderão acompanhar se há perda de volume durante o trajeto, seja por infiltração, evaporação ou retirada. 

Ao todo, o monitoramento acontece em 14 seções instaladas ao longo dos de 347,5 quilômetros de distância, desde a comporta na barragem de Jati até o açude Castanhão. Especificamente do desemboque do eixo emergencial, que liberou a água ao Riacho Seco, até o maior reservatório do Estado, são 294,1 quilômetros de trajeto. Na última atualização, as águas do São Francisco alcançaram a seção de Cruzeirinho, em Icó, que fica a 211,2 quilômetros da liberação do Riacho Seco.