Manifestações de luta,
solidariedade e amor, ocorrem em todo o planeta nos últimos dias, num verdadeiro
congraçamento de forças, contra o “diabetes”
e seu “controle”.
A icoense Márcia Oriana,
professora, é uma incansável lutadora, haja vista que uma de suas filhas, tem
diabetes desde criança, onde seu trabalho diário para a obtenção de saúde de
qualidade tem sido uma constante.
“Emociono-me
com as campanhas, com o amor e solidariedade, que minha esposa Márcia dedica a
nossa filha e aos amigos que tem a mesma situação de saúde. Essa luta e
trabalho e lindo demais e merece todo o nosso respeito e entusiasmo”,
disse o empresário Luciano Santana.
MATÉRIA DA ISTO É.
Em 2012, o Brasil
conheceu um número assustador: há mais brasileiros morrendo por causa do
diabetes do que por traumas causados por acidentes de trânsito. No total, 12
milhões de pessoas têm a doença, mas apenas metade sabe. Mal controlado, o
diabetes eleva o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e de complicações
como a cegueira.
É também a principal
causa de amputações de membros inferiores no Brasil. “Barrar a sua rápida
disseminação, favorecida pela epidemia de obesidade (o excesso de peso
predispõe à doença), exige ações constantes”, diz Balduíno Tschiedel,
presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Há avanços.
Desde fevereiro de 2011, os diabéticos podem retirar os medicamentos fornecidos
gratuitamente em farmácias credenciadas com receitas do SUS e de médicos
particulares. Antes, podiam fazê-lo apenas em unidades básicas de saúde e com
receita do SUS. Em dois anos, a medida aumentou em 370% o acesso e teve impacto
nas internações. “Pela primeira vez, a partir de 2011 elas pararam de
aumentar”, disse Alexandre Padilha, ministro da Saúde.
Mas há muito
a ser feito. Falhas de gestão ainda causam a falta de remédios de uso contínuo e
de tiras reagentes usadas nos testes de glicemia (feitos até quatro vezes por
dia por alguns pacientes). “Em Minas Gerais, as tiras estão em falta há
cerca de três meses, prejudicando o controle da doença”, aponta Ione Taiar
Fucs, coordenadora jurídica da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ).
Profissionais
da saúde também precisam ser mais bem capacitados. Seu despreparo aparece na
falta de orientação aos pacientes.
“Metade dos
diabéticos adultos erra na dose de insulina, por exemplo. Não sabem como fazer
certo”, aponta Augusto Pimazoni, especialista em educação e controle do
diabetes do Hospital do Rim e Hipertensão, em São Paulo. Quem recebe
informações constantemente em associações ou ambulatórios tem menos
complicações e internações. Na área educativa, o governo lançou um portal com
vídeos para pacientes e cursos de capacitação a distância para os profissionais
da saúde. Prevê também nova edição do Caderno de Atenção Básica ao Diabetes e o
investimento de R$ 371 milhões até 2014 em academias ao ar livre. “Orientação
nutricional e exercício são essenciais ao controle da doença”, diz a médica
Denise Franco, da ADJ.
Em 2013,
será feita a revisão da lista de drogas gratuitas para o diabetes. As
associações e médicos querem a inclusão de insulinas mais recentes, chamadas de
análogas, e duas classes mais novas de comprimidos (os inibidores de DPP4 e os
análogos de GLP-1). Eles consideram as insulinas análogas o melhor tratamento
para os diabéticos tipo 1 e crianças. Hoje o acesso a tais remédios é objeto de
muitas ações judiciais.
“A judicialização
aumenta gastos e burocracia. Seria melhor incluí-los e comprar a preços mais
baixos”, diz o médico Fadlo Fraige Filho, presidente da Associação Nacional de
Assistência ao Diabético.
“A tendência do
governo é manter a liberação apenas em casos específicos”, diz o ministro
Padilha.
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