
A agência do Banco do Brasil do município de Icó (CE) chegou
num período não muito longe, a ter 100 (cem) funcionários, espalhados em várias
ações de trabalho, desde a carteira agrícola, atendimento de pessoas físicas,
jurídicas e entes públicos.
Chegou, também, a receber filhos de outras pátrias, que
escolheram Icó doravante, como terra pra se morar, construir amizades e fazer
belas histórias.
Dentre essas figuras, que viraram imortais à nossa gente,
destacam-se muitos, como Pedro Cipaúba que adorava um discurso - de velório a aniversário.
Cipaúba era farrista nato, cultuava a alegria e a boêmia.
Conta-se que, no mesmo dia da posse da figura referida,
houve um evento festivo de bom vulto, um aniversário, onde se juntou o prefeito
da cidade; vereadores, funcionários do BB e, inclusive, a alta elite local, à época.
Como as rodadas etílicas estavam, fora do ambiente de
expediente funcional, Cipaúba, lógico que, ele foi convidado e aceitou fazer parte da festança.
E foi!
Toda festa que se preze e que tem político, bancário e
boêmio, têm que ter discurso. Assim não é festa!
E começaram os discursos. Entre elogios diversos aos
políticos e nada de registro aos demais presentes.
Daí, Pedro Cipaúba pede a palavra, já pra lá de melado,
porém, o homem era um grande discursador.
“Meus irmãos de Icó.
Hoje chego a esta cidade. E digo em voz alta: vocês são todos ladrões, uns
ladrões”,
disse com cara de mal o Cipaúba.
Os convidados, os bancários, todos silenciaram; mas alguns icoenses já
nervosos, começaram entre ouvidos planejar uma surra a Pedro Cipaúba.
E nosso vibrante orador, antes dos aperreios de alguns,
concluiu em grande estilo: “Repito,
vocês são todos uns ladrões, pois, cheguei há pouco a esta cidade e já me vejo
vocês roubando meu coração”.
Após o susto, Pedro "Cipaúba" foi muito aplaudido, abraçado,
terminando as festividades, após rodar os bares da cidade, conhecendo muitos,
que mais tarde, seriam amigos para sempre.
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