terça-feira, 19 de agosto de 2014

JAIME JÚNIOR PERDE MAIORIA NA CÂMARA MUNICIPAL DE ICÓ (CE).


Nas últimas eleições municipais, em 2012, mesmo obtendo cerca de 49% dos votos válidos nas urnas do município de Icó, o candidato Marcos Nunes, do PMDB, saiu vencido daquele pleito para o alcaide aleito Jaime Júnior, do DEM, porém, com a eleição de sua coligação da maioria dos vereadores para a formação do parlamento, composto de 15 edis.

Após janeiro de 2013, três vereadores que se elegeram pela bancada liderada pelos Nunes, resolveram à época, aderir ao Palácio da Alforria e apoiar a gestão Jaime Júnior.

Durante um ano e seis meses o atual prefeito de Icó manteve apoio da maioria dos vereadores da câmara municipal e não obteve qualquer dificuldade em aprovar projetos e interesses de sua administração.

Ocorre, que desde janeiro de 2014, que o prefeito não vem conseguindo um diálogo de convergência com parte de sua bancada de vereadores, onde estes alegam falta de diálogo e cumprimento dos compromissos políticos e administrativos por parte de Jaime Júnior.

Em emissora de rádio, o prefeito ironizou os argumentos dos parlamentares, chegando a declarar publicamente “que não precisa de vereador e muito menos de maioria na câmara, já que têm bons propósitos em sua missão de gestor”.

“Não preciso de maioria de câmara para governar. Conheço o jogo da política, não tenho medo e seguirei em frente”, disse o prefeito. 

Nos bastidores, os vereadores dissidentes, limitam a informar que se arrependeram em votar, bem como, apoiar Jaime Júnior tanto nas eleições passadas, como em seu fraco governo, “vez que ele não cumpre o que promete e foi picado pela mosca da arrogância e vaidade extremas”.  

Na recente disputa pela Mesa Diretora da Câmara Municipal de Icó, o candidato apoiado pelo prefeito não teve maioria, optando por realizar uma manobra política arriscada, para tentar vencer as eleições a todo custo, ferindo as regras de direito, da democracia, e da própria legislação da augusta casa legislativa.

Na última segunda-feira, mostrando novamente união, a maioria dos vereadores, denominado de grupo G-8, votou e desaprovou a ata da suposta eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Icó, inclusive informou a sociedade icoense, que será protocolada ação judicial “para anular todos os eventos ocorridos recentemente, que feriram de morte, a Carta Política Pátria e as legislações cabíveis de discussões da câmara”.   

PREFEITO EXONERA CARGOS DE EX-ALIADOS.

Em retaliação aos vereadores que se uniram a bancada da oposição, agora com formação de 8 (oito) contra as pretensões do prefeito Jaime Júnior, na última semana, todas as lideranças políticas e comunitárias, que estavam em cargos em comissão por indicação dos dissidentes, já foram exonerados e dispensados de suas funções.

“Vivenciamos uma política arcaica, obsoleta, ainda do tempo dos coronéis. Mesmo a gente rompendo com o prefeito, ele sequer levou em consideração, que pessoas que foram indicadas por alguns vereadores eram capazes ou não para o trabalho; a preocupação é apenas e simplesmente o voto. As perseguições estão apenas começando”, declarou o vereador Roney Olinda.   


“O prefeito assumiu e sumiu do Icó. Pouco aparece e quando o faz, sempre é cheio de ódio, de rancor, onde agride de forma graciosa vereadores e outras lideranças políticas do município. Sem projeto algum para apresentar a população, agora tenta manipular a opinião pública, num gesto de desespero político, querendo dizer que obras do governo Cid Gomes são suas. A estrada Icó-Icozinho é um exemplo. Uma obra do governo, buscada por nós e cumprida a palavra por Cid Gomes em evento realizado em Fortaleza, tenho gravado e filmado a nossa conversa com ele, o senhor Jaime Júnior manda espalhar que é projeto seu. Do jeito que vai, daqui a pouco, ele vai dizer que construiu o hospital regional”, disse o vereador Júnior Dantas.      

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