domingo, 17 de setembro de 2017

NEM A FAVOR NEM CONTRA; MUITO PELO CONTRÁRIO!

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Os políticos em seus sermões apregoados nos bastidores das acaloradas reuniões com seus apaniguados defensores, alguns por paixão e outros tantos por fazerem parte da extensa lista de cargos de confiança dos poderes – executivo e legislativo, costumam cobrar – eles aos outros -, “fidelidade, amor recíproco, e um discurso afinado tal qual o violão de João Gilberto para que seus correligionários movimentem sempre as redes sociais e o jargão partidário a exaustão em suas defesas e, de igual modo, descredenciem seus supostos concorrentes”.

O grupo liderado por Ciro Gomes(leia-se irmãos FGs), destilava agressão moral, pessoal e política, ao senador de todos os cearenses Eunício Oliveira. O motivo? O senador ousou exigir que a sua candidatura em 2014 ao governo do estado, de forma recíproca, recebesse o mesmo entusiasmo e apoio que emprestou a Cid Gomes em suas duas disputas, ambas vitoriosas, ao Palácio da Abolição.

Foi o bastante que matérias diversas, com frases de efeito, dos irmãos de Sobral percorressem jornais, Tv’s, e os meios de comunicação com toda sorte de acusação contra Eunício Oliveira, repita-se pessoal e política, ao ponto de romperem todas as relações, dantes civilizadas.

Do outro lado, a oposição se fortaleceu, à época, unindo o senador em referência ao Dr. Lúcio Alcântara(ex-governador); ao corajoso político Roberto Pessoa; ao senador e ex-governador Tasso Jereissati; ao deputado e líder em ascensão Capitão Wagner, etc.

Essa oposição, diga-se, levou Eunício Oliveira ao segundo turno da última eleição ao Governo do Ceará e, quase elege o Capitão Wagner à prefeitura de Fortaleza em 2016. O Palácio da Abolição aumentou a pressão e a ansiedade até a contagem do último voto nas duas pelejas eleitorais.

“Bateu na trave no Governo do Ceará e em Fortaleza. Foi por um triz de nada e o povo mandou o seu recado”, refletiu Joaquim dos Santos.  

Pois bem! No Ceará era assim: até a semana pretérita!

Explico!


Após uma reunião em Brasília(DF), entre o senador Eunício Oliveira; o governador Camilo Santana e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, onde o prato servido “foi apenas reivindicação de recursos ao pobre Estado do Ceará, mas a sobremesa degustada foi um possível acordão partidário do Norte à Lavras da Mangabeira do combativo deputado Heitor Férrer”, o silêncio reinou nos grupos de WhatsApp, onde até ameaças após algumas agressões eram facilmente observadas, trocadas agora por afagos e análises mais distantes da lógica do que um boi voando.


Os jornais noticiaram o acordo com bastante naturalidade entre os caciques, até então litigantes, como fato “dito e feito”; a oposição calou-se; e Camilo Santana com os pés nas estradas do Ceará – da Capital aos Sertões ressequidos – em sua campanha a reeleição, “disse que tudo é para o bem da nação cearense”; Eunício, Roberto Cláudio, Zezinho Albuquerque e Cid, idem!


E a chapa foi até pré-anunciada: Camilo à reeleição; Zezinho de vice; Cid e Eunício ao senado. Mais silêncio ainda nos bastidores do poder.


Mas, o acordo tem(ou tinha) um Ciro Gomes no meio do caminho, tal qual aquele poste difícil de ser retirado da estrada do Icó via Icozinho, que gritou bem alto no concorrido blog do Eliomar de Lima: 


- “Acordo com o PMDB, tô fora!”.

Foi o suficiente para mudar tudo, pasme, de novo!


O deputado federal André Figueiredo, histórico do PDT e que teve seu nome anunciado preteritamente por Cid Gomes para ser o dono da segunda vaga ao senado em 2018 na composição que envolve o Ciro e cia, vendo o tapete azul voar de seus pés, foi à cidade de Ipueiras do Nenen do Cazuza, e, disse "que não subirá no palanque desse acordo em construção".


Ao seu lado, Cid Gomes foi instado e\ou insultado a falar aos correligionários, amigos e lideranças, onde expôs sua posição:


- “Não tenho nada contra o acordo que possa está sendo organizado pelo Camilo, só não me misturo”.


Eunício Oliveira também, disse publicamente, que não existe acordo algum em andamento às eleições de 2018.


Pelo visto, a turma que respira política após esse final de semana, vai iniciar de novo o estica e empurra de um lado e do outro, via sap, facebook, jornais, blogs e etc, entre bater e assoprar, mas no mínimo a dúvida permanecerá até às convenções estaduais vindouras.


Espero, em face de tudo, que todos se salvem desse tiroteio verbal.


Enquanto isso, finalmente, o ex-governador Cid Gomes e o senador Eunício Oliveira; o deputado Zezinho Albuquerque; o prefeito Roberto Cláudio e o governador Camilo Santana, “não são a favor nem contra o acordo; muito pelo contrário”.


(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista).

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