Fabrício & Macário |
Quem me conhece sabe dos meus gostos com história. Sou doido por história!
Adoro ouvi-las e quando as tenho, conta-las.
Outro dia recebi umas imagens onde passava nosso Macário Batista, querido jornalista de 50 anos de profissão, vindo lá das ribeiras do Rio Acaraú, em pleno final de semana. Era uma entrevista com o Carlos Cruz - o CC, advogado, ex-prefeito e ex-deputado estadual de Juazeiro do Norte, terra abençoada.
Marquei na agenda pra ver que arrumação era aquela.
Antes, liguei pro Macário, pra assuntar. E ele explicou:
- Fabrício, "o Roberto Bulhões, uma das pessoas mais carinhosas que conheço, entendeu de agregar valor à produtora dele, a hoje TV Padre Cícero. Juntou os filhos, o Júnior Bulhões, um baita cinegrafista e editor, o Yório que agora é comandante de helicóptero, a Neta, mulher dele que é uma grande fotógrafa e mais uma equipe maravilhosa e resolveram gravar a memória do Cariri".
Somos finitos, sabemos, fazemos histórias, pequenas ou grandes, mas fazemos, e o Bulhões inventou de gravar quem fez o Cariri. Antes que morram.
Pra começar, continuou Macário, "fui chamado pelo Bulhões. Era pra gravar com o Vicelmo. O Antonio Vicelmo, jornalista com outros 50 anos de profissão que acumulou a vida crescendo no Cariri, a partir do Crato. E lá fomos pra casa do Vicelmo, um domingo de manhã. Uma conversa de umas três horas e histórias incríveis do companheiro", disse.
Pois bem!
O Macário foi contando as histórias e eu fui me empolgando com a ideia. Reclamei porque não vi o Vicelmo, nem o Bulhões, neste final de semana que estive em Juazeiro do Norte.
E depois virão "Um Fio de Prosa" com o coronel Adauto Bezerra e mais vários homens e mulheres que fizeram a história do nosso Cariri.
Como o Cariri começa bem pertinho do Icó, passando pelo Iguatu, espero poder sugerir com nomes de personalidades que deram vida a este torrão.
Então, repito, eu vi o programa com o Carlos Cruz.
Chorei de rir, chorei de alegria, chorei de felicidade pela imaginação e iniciativa do Roberto Bulhões, jornalista criativo que passou pelo "Aqui Agora", pela "TV Verdes Mares", por rádios e por jornais como "O Povo e o Diário do Nordeste".
Meu encantamento foi tanto que resolvi registrar na minha banda de história, esse feito que é de suma importância para o futuro e a vida das cidades.
Quanta gente nos deixou; deixou histórias que só registramos na cultura oral. Um ou outro escrito, uma ou outra fotografia, um causo ali, um causo acolá e só.
Ficamos a mercê do tempo e de nós que nos fazemos historiadores com o intuito de registro e de respeito à memória das pessoas e dos lugares.
Se vocês puderem ver os dois programas que eles chamaram de "Um Fio de Prosa", acho que em homenagem do "Fio de Bigode" do Macário Batista, vejam.
Gravem. Dêm de presente para amigos. Chamem seus filhos ligados com os olhos grudados na tela.
E com licença dos Bulhões e do Macário, "Não Perdam!".
(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista).
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