A gente entende que a pressa de ver um buraco fechado, um bueiro limpo, uma rua varrida, um lixo recolhido é um direito e uma sublimação do cidadão pra sentir um mínimo de autoestima nesse mundão fela da gaita de inseguro, difícil, miserável.
Todo mundo que tenha respeito por sí próprio sente que a vida melhora sem a rampa de lixo que insiste em ser alimentada, na leste-oeste por exemplo, depois de o caminhão da coleta passar.
Mas todo mundo não aguenta o chato da galocha que enche o saco reclamando de tudo e de todos, persistentemente. Aqui, por exemplo, são recebidas dezenas, centenas de reclamações diárias de tudo o que ocorre de bom e de mau no Ceará, no Brasil, no Mundo e em Sobral.
*Tem uns cricris insuportáveis que miram as raias da insanidade, da estupidez, da chatice humana. Um idiota, daqui e outro do Icó, esculhambam com o prefeito daqui e a prefeita de lá, porque estão tapando os buracos das ruas deixados pelo inverno, ou perfurando poços para dar água a comunidades secas, alegando que é porque ano que vem, em outubro vai ter eleição.*
Outro reclama porque o prefeito de Sobral gastou dinheiro com a reforma e preservação histórica da Igreja da Sé. Mais adiante alguém faz questão de dizer que o Bolsonaro não pode fazer o filho embaixador e que é nepotismo e tal, toda vez que alguém diz que o Lula tá preso. Ou o contrário.E vai pela aí.
Persistência, por mais legítima que seja não pode ser confundida com chatice, até porque "impunição" é neologismo que só nasce no Ceará pra glória e gáudio desta pátria mãe gentil, amém.
No mais, "vão darem!".
*(Por Macário Batista, jornalista de O Estado).
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