sábado, 7 de janeiro de 2012

RECOMENDO O TEXTO DE WASHINGTON PEIXOTO.


FIM DE ANO NO ICÓ

Retornando do Icó após as lindas, alegres e organizadas festas de fim de ano, para minhas lides rotineiras.

Ali no meu berço de nascimento onde apenas tenho de patrimônio as amizades antigas e meus queridos familiares maternos, revi muitas pessoas queridas e, portanto muitas alegrias cheias de saudades.

Com toda certeza as festas de Reveillon foram uma das mais bonitas do Brasil, particularmente a organizada pelos moradores da Rua Grande, que estava toda iluminada com muitas fachadas belamente ornamentadas. Destaque para o Sobrado de Nilda e Dr. Luiz.

Alegria rever todos os meus irmãos, cunhadas e sobrinhos, tio e tia, primos e primas, dar um grande abraço na nossa querida Maria Borges, em bater um papo, logo de chegada com Arnóbio Almeida (filho de minha querida amiga, in memoriam, Dona Zilma) e com Afonso Altino. A gentileza de Carlos Ugulino, a inteligência de Genildo, o “Angelim do Icó”, a elegância de Socorro Monteiro, o glamour de Lourdes Maciel Peixoto, a criatividade de Maria José Monteiro, a atenção de Mateus e Tobias, a sempre casa de portas abertas de Roberto Correia Lima e todos os meus primos, enfim tantas pessoas queridas e amadas, que se fosse enumerar um a um não caberia em pequeno artigo diário-de-viagem.
De descer até o rio Salgado pelo caminho das taboqueiras - ainda seco e poluído - mas sentindo, às suas margens, o cheiro e o som dos currais, tão antigos quanto o Icó. Mas senti falta dos morcegos, que for certo foram trucidados, mas que davam ao Icó um cheiro de coisa velha. (Será que não sabemos que inúmeras espécies vegetais dependem de morcegos para polinização ou dispersão de sementes?)

Como grata surpresa o presente do livro do primo Chiquinho Peixoto, Icó, suas histórias. Nossas Lembranças, pontilhado das velhas estórias/histórias do cotidiano das pessoas do Icó.

E tanta coisa boa!

Enfim, na Procissão do Senhor do Bonfim apanhei no chão um leque de uma determinada marca industrial onde havia a “Oração do Senhor do Bonfim”, aquela em que chamo propositadamente ao nosso Santo de “Excelso Padroeiro do Icó” e o clamo a defender as terras sertanejas de todos os males. (http://iconacional.blogspot.com/2008/12/orao-ao-senhor-do-bonfim-do-ic.html) Mas que pena, embora copiada e largamente distribuída esqueceram de citar o autor da louvação-rogativa, mas não faz mal o que interessava mesmo era a mensagem.

Mas, assim mesmo. Senti-me um estranho na minha terra e tive o sabor de em vida morrer, pois deve ser assim que todos os escritores sentem-se quando vêem sua obra mudar de dono e cair no domínio público. Ou talvez ser o pequeno sino na porta da Casa de Câmara, pendurado e esquecido.

Até logo, Icó!

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