Se você é daqueles que acreditam que ouvir rádio é
um costume que ficou no século passado está na hora de pausar a tecla shuffle
do mp3 e rever seus conceitos. O rádio está mais vivo que nunca e é companhia constante
de 73% dos brasileiros.
É o que revela a pesquisa Tribos musicais, que
acaba de ser divulgada pelo Ibope Media. De acordo com o estudo, os ouvintes de
rádio no Brasil estão presentes - em maior ou menor grau - em todas as classes
sociais, todas as faixas etárias e em todos os níveis de escolaridade.
Além disso, pode-se dizer que o rádio foi um
precursor da tendência atual da simultaneidade de plataformas. Certamente o
leitor lembrará que em geral ligava o rádio para executar outras tarefas. Até
nisso, o rádio mantém-se “uptodate”.
A pesquisa mostra que hoje em dia o consumo de
rádio acontece ao mesmo tempo com outros meios de comunicação. Dezenove por
cento dos entrevistados, por exemplo, ouvem rádio enquanto acessam a internet;
16% enquanto assistem à programas de TV e 12% enquanto leem jornais e revistas.
Sem falar naqueles que ouvem rádio através da
própria web, um comportamento que cresce a cada dia.
Dos ouvintes de rádio do século 21, 96% recorrem ao
meio para ouvir músicas (disparado, a utilidade mais apontada pelos usuários).
Outros 70% sintonizam o veículo para se informar das notícias do dia. Para 31%
dos pesquisados, a principal função do rádio é fornecer relatos sobre esportes;
e 21% giram o dial em busca de entretenimento em programas humorísticos.
Perfis.
A maioria
dos ouvintes, segundo o levantamento do Ibope, está na classe C (48%). Mas a
classe B contribui expressivamente para o contingente dos que escutam rádio
fornecendo 36% do total. Da classe CDE vêm 11% dos consumidores deste veículo e
os outros 5% pertencem à classe A.
Pessoas com ensino médio representam 36% do
universo do público radiofônico no Brasil, a maioria quando se leva em
consideração o nível escolar. Já as faixas etárias predominantes são as entre
25 e 34 anos (22%) e 35 e 44 anos (19%).
Como ouvir música é o objetivo principal de quem
liga o rádio, atentar para os padrões de gosto e comportamento deste ouvinte é
abrir portas para compreender muito do Brasil contemporâneo.
Os ritmos preferidos do brasileiro, ambos com 58%
de indicações, são o Sertanejo e o que a pesquisa chamou de “Mais pedidas”,
reunião das músicas do gênero pop e internacional.
No gráfico abaixo é possível observar o perfil do
ouvinte de cada gênero musical no rádio e ter várias surpresas. Uma delas é a
interseção insuspeitada que há entre grupos aparentemente distintos como os
apreciadores de música Gospel e os admiradores de Funk. Surpreenda-se!
NÚMEROS.
96%
dos ouvintes
sintonizam o rádio para ouvir música;
70%
dos ouvintes usam o rádio para acompanhar notícias.
(JORNAL O POVO).
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