sexta-feira, 16 de outubro de 2015

JERÔNIMO E SUAS TRÊS MULHERES.

FOTO ILUSTRAÇÃO

Transeunte rotineiro dos sois cotidianos do Icó, o agricultor Jerônimo Bezerra, residente no sítio Retiro, pessoa trabalhadora e de bem com a vida, foi acusado de ferir o ordenamento penal e restou preso.


Daí, Jerônimo, nosso preso temporário, mostrou-se talentoso para o amor: uma namorada e duas esposas.
Preso, as três mulheres foram solidárias para com Jerônimo.

Procuraram o nosso então juiz de direito, Dr. Luiz Carlos e, o diretor de secretaria do fórum, Erlândio Rolim, para uma reunião.

“Senhor Juiz, Senhor Diretor, eu sou a nomarada de Jerônimo, disse a primeira. Eu sou a esposa no papel de Jerônimo, disse a segunda. Eu sou amancebada com Jerônimo, disse a terceira”.


- “Nós fizemos um acordo, sem briga alguma, pois, Jerônimo está preso e nós queremos ter o direito de visitá-lo, intimamente, na cadeia do Icó. Pelo acordo, Senhor Juiz, cada uma terá direito a ficar com ele dois dias durante a semana”.


Dr. Luiz Carlos, nosso elegante magistrado, atento a legislação penal-processual, decidiu por outro caminho: “concedeu o alvará judicial, e, doravante a liberdade ao nosso homem do amor Jerônimo”.


Agora livre das grades da cadeia icoense, Jerônimo terá que decidir quantos dias, a seu bel prazer, ficará as suas mulheres em sua companhia.

Pelo o visto, o amor não tem cerca que o separe.

(Do livro de causos do advogado Fabrício Moreira da Costa).

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