LAÍS NUNES |
Ao tomar
conhecimento de mais um evento violento, movido a bala, ocorrido na calada da
noite icoense, me veio na cabeça a música de Chico Buarque de Holanda: “A
cidade apavorada/se quietou paralisada/pronta pra virar geleia”.
Será que submetida ao peso do autoritarismo e
da falta de compromisso que o devido processo legal eleitoral, em completo
arrepio da lei, bandoleiros submeterão a todos ao medo generalizado por conta
do embate das eleições?
Primeiro foi
a tentativa de intimidação do fiscal, representante da lei, Carlos dos Santos,
que teve a fachada de sua casa coberta
por balas de pistola.
Isto tudo em avenida de grande movimentação e nas proximidades do
Batalhão da Polícia Militar - PM; agora, em rua solitária do Bairro Cidade Nova, um carro é
alvejado com vários tiros, sem que se saiba a autoria e a motivação.
O que mais
nos preocupa é que, de imediato, representantes do grupo eleitoral que está
dominando o Palácio da Alforria, se apressa em atirar pedras e culpar o grupo
de oposição, sem que haja constatação, prova ou argumentação legal.
Chega a ser cômico icoense, pois quem mais acusa, recentemente foi preso por porte ilegal de arma; e outros(as) teve que correr as pressas para esconder armas de fogo dentro de bolsas femininas com a iminente chegada da polícia, em pleno centro comercial.
Outrossim, se constitui em crime: acusar sem provar! Também transparece o desejo
premeditado de provocar o desastre, sair de perto e acusar alguém.
De qualquer
modo, o que se extrai dos acontecimentos, é um velho modelo de intimidação das
pessoas e das autoridades, como foi feito, com muita truculência, no processo
eleitoral passado, em que homens e mulheres, principalmente dos bairros da
periferia, ficaram prisioneiros em seus próprios lares.
Conclamamos
a população a reagir ao medo que estão tentando, mais uma vez, impor diante de
todos. A melhor arma, neste caso é a metralhadora democrática da urna.
Conclamamos
também as autoridades judiciárias e policiais, para que protejam os cidadãos de
bem e não os deixem à mercê da violência.
O poder
político é passageiro! Em um dia se ganha, em outro se perde. Ninguém pode ter
a pretensão de nele entrar e não mais sair. É preciso respeitar a vontade
popular que deseja mudar a condução de sua cidade. Este é um direito que apenas
pertence ao eleitor e não há violência alguma que possa interromper esta
vontade.
O
acontecimento desta noite contraria todo sentimento de civilidade e acusar
pessoas ou grupos sem ter meios de prova, contraria ainda mais e tumultua o
embate democrático da eleição.
Por esta
razão, o melhor caminho será sempre a justiça, investigando,
descobrindo culpados e punindo.
Assim,
esperamos que isto aconteça para o bem de todos deste município que muito
amamos e que está sendo conduzido de forma tão penosa, como nunca se viu antes.
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