terça-feira, 6 de setembro de 2016

ARTIGO: QUEREM METER MEDO NA CIDADE.

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LAÍS NUNES

Ao tomar conhecimento de mais um evento violento, movido a bala, ocorrido na calada da noite icoense, me veio na cabeça a música de Chico Buarque de Holanda: “A cidade apavorada/se quietou paralisada/pronta pra virar geleia”.

Será que submetida ao peso do autoritarismo e da falta de compromisso que o devido processo legal eleitoral, em completo arrepio da lei, bandoleiros submeterão a todos ao medo generalizado por conta do embate das eleições?

Primeiro foi a tentativa de intimidação do fiscal, representante da lei, Carlos dos Santos, que teve  a fachada de sua casa coberta por balas de pistola. 

Isto tudo em avenida de grande movimentação e nas proximidades do Batalhão da Polícia Militar - PM; agora, em rua solitária do Bairro Cidade Nova, um carro é alvejado com vários tiros, sem que se saiba a autoria e a motivação.

O que mais nos preocupa é que, de imediato, representantes do grupo eleitoral que está dominando o Palácio da Alforria, se apressa em atirar pedras e culpar o grupo de oposição, sem que haja constatação, prova ou argumentação legal. 

Chega a ser cômico icoense, pois quem mais acusa, recentemente foi preso por porte ilegal de arma; e outros(as) teve que correr as pressas para esconder armas de fogo dentro de bolsas femininas com a iminente chegada da polícia, em pleno centro comercial. 

Outrossim, se constitui em crime: acusar sem provar! Também transparece o desejo premeditado de provocar o desastre, sair de perto e acusar alguém.

De qualquer modo, o que se extrai dos acontecimentos, é um velho modelo de intimidação das pessoas e das autoridades, como foi feito, com muita truculência, no processo eleitoral passado, em que homens e mulheres, principalmente dos bairros da periferia, ficaram prisioneiros em seus próprios lares.

Conclamamos a população a reagir ao medo que estão tentando, mais uma vez, impor diante de todos. A melhor arma, neste caso é a metralhadora democrática da urna.

Conclamamos também as autoridades judiciárias e policiais, para que protejam os cidadãos de bem e não os deixem à mercê da violência.

O poder político é passageiro! Em um dia se ganha, em outro se perde. Ninguém pode ter a pretensão de nele entrar e não mais sair. É preciso respeitar a vontade popular que deseja mudar a condução de sua cidade. Este é um direito que apenas pertence ao eleitor e não há violência alguma que possa interromper esta vontade.

O acontecimento desta noite contraria todo sentimento de civilidade e acusar pessoas ou grupos sem ter meios de prova, contraria ainda mais e tumultua o embate democrático da eleição.

Por esta razão, o melhor caminho será sempre a justiça, investigando, descobrindo culpados e punindo.

Assim, esperamos que isto aconteça para o bem de todos deste município que muito amamos e que está sendo conduzido de forma tão penosa, como nunca se viu antes.

*Laís Nunes(PMB)
Deputada Estadual e Candidata à  Prefeitura de Icó nas eleições de 2016.


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