segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Práxis Política

 

O Secretário da Casa Civil do Governo do Estado do Ceará, Chagas Vieira, por designação do governador Camilo Santana, há uma semana oficiou todos os secretários, adjuntos e comissionados, nos quais aqueles que desejarem ser candidatos às eleições estaduais de 2022, agora já no final de dezembro do ano em curso, façam a gentileza de solicitar as suas exonerações dos cargos de confiança.

O objetivo dessa decisão é que secretários e outros comissionados não utilizem a máquina administrativa em benefício de suas pré-candidaturas em desfavor dos demais. 

O que é correta a decisão do Governador que, aliás, também fará o mesmo para concorrer ao Senado da República em 2022, com um tempinho a mais, lá pelos meados de abril vindouro.

Ademais, o próprio Chagas Vieira segundo os profetas de grupos WhatsApp, deve ser também um dos primeiros a protocolar o tal de pedido de saída dos quadros do governo, vez que estará colocando o seu honrado nome à disposição dos cearenses concorrendo a uma vaga na Assembleia Legislativa.

Diante do fim das coligações proporcionais e do novo cenário partidário no estado, as principais forças políticas e suas agremiações partidárias estudam e analisam as melhores estratégias possíveis para aumentar as suas fileiras à Câmara Federal e Estadual.

A maior bancada, e tem sido assim há décadas, de logo assume a presidência do Poder Legislativo e entra na linha sucessória do Palácio da Abolição. 

Um cargo importante, diga-se de passagem, pois vários presidentes assumiram o governo de forma efêmera nos últimos anos, como Domingos Filho, Zezinho Albuquerque e Evandro Leitão, citando apenas alguns.

No mais, tudo ainda incerto, pois tem muitos candidatos na bancada situacionista que desejam e têm o mesmo projeto político e de poder, enquanto do outro lado do muro, a oposição tenta construir um caminho com a ajuda de alguns dos seus e, logicamente, dos descontentes ou por alguns interesses frustrados ainda das eleições pretéritas de 2018.

As arrumações seguem primeiramente até abril de 2022. São eleições com vários turnos e resultados. 

  • O primeiro, após o dia derradeiro às filiações de mulheres e homens ao pleito.
  • O segundo, quem se junta com quem.
  • O terceiro é quem vai se divorciar dos demais.
  • O quarto, os escolhidos.
  • O quinto, os eleitos nas urnas. 

E o sexto, me faz agora lembrar do ex-vereador e conselheiro, Chico de Manduca:

- “São os bestas que viram suplentes”.

(Por Fabrício Moreira da Costa, para o Portal Opinião).

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

ASFALTO


É de todo lamentável. Além da recapagem bem fina e constante, não necessita de maiores esforços para afirmar que o asfalto posto em nossas rodovias federais são frágeis e criminosos. Quantas vidas ainda serão perdidas em todo o Brasil por conta dessa omissão e/ou corrupção? Não sou engenheiro, nem pedreiro, nem calceteiro, etc e tal, e nem precisa para observar facilmente que esses empreiteiros são cúmplices dessa máfia há décadas. A Vaza Jato, entre acertos e erros, deixou claro isso. Assisti pelas redes sociais como acontece o asfaltamento no EUA. Esses safados, são responsáveis por colocar o nosso país na tragédia estatística dos primeiros em mortes no trânsito no mundo.

Canalhas!

Eleições suplementares



As eleições suplementares têm sacudido muito o jargão político partidário. Já ocorreram algumas no Estado do Ceará, com mais intensidade desde a assunção dos novos gestores para o suposto quadriênio 2021\2024.

A acusação de abuso de poder econômico e político são as causas que estão levando os olhos acusadores da Justiça Eleitoral a buscarem os mandatos eletivos dos prefeitos e vice-prefeitos eleitos pelo sufrágio popular.

O abuso de poder é a imposição da vontade de um sobre a de outro, tendo por base o exercício do poder, sem considerar as leis vigentes. É o que está escrito nas tintas da Lei Eleitoral.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exige, para que fique comprovado o abuso de poder, provas concretas e indiscutíveis sobre os fatos denunciados como abusivos.

Porém, a mesma corte define que deve ser responsabilizado pelo ato eleitoral de captação ilícita de sufrágio, conduta vedada e abuso de poder, todos praticados em conjunto, o agente que tenha sido o autor ou o beneficiário do ato ilegal e todos os demais que “hajam contribuído para a sua prática ou com ele anuído expressamente, diante de seu comportamento comissivo ou omissivo”.

Essa é a principal discussão e o ponto cego do debate!

Se os candidatos não autorizaram essa prática que se afirma como ilícito eleitoral, ou seja, o abuso de poder econômico e político em seu prol, porque estão sendo cassados os seus mandatos?

Em alguns casos concretos são ações eivadas de nulidades, que não existe uma prova sequer – nem como coadjuvantes - de que o candidato e, mais adiante, prefeito e vice-prefeito eleitos tenham participado de qualquer atividade que feriu o ordenamento jurídico legal.

A força do sufrágio eleitoral não tem a mesma robustez de um passado não muito longe? Acredito que sim.

O último final de semana no Ceará foi bem animado com as eleições suplementares ocorridas nos municípios do Barro, nos sertões do Cariri, e na bela Viçosa do Ceará, localizada na microrregião da Ibiapaba.

Os prefeitos eleitos em 2020 foram cassados, simplesmente.

Os eleitores, apesar da abstenção considerável, foram às urnas. Nas ruas, no dia D das eleições, muita polícia presente:

- da Federal à Gloriosa Militar.

E tinha até o pessoal da PRF que, estranhamente, um deles perguntou o que “advogados de ternos e gravatas iriam fazer em Barro em pleno domingo de eleições?”.

Todavia, a quem afirmasse que tinha mais polícia do que eleitor, afinal, o domingo nas duas cidades além de muito quente pelo entusiasmo e ansiedade da peleja eleitoral, ainda era atípico pelo movimento democrático que tinha exclusividade de eleger os dois novos mandatários.

Povo calado, contido, enquanto os bastidores das redes sociais ferviam com torcidas que envolviam os principais caciques da política cearense, bem como os palpiteiros, os apostadores e ainda tinham muitos comemorando sem saberem nem sequer onde ficam localizados o Barro e a Viçosa do meu Ceará.

Pois é; tempos esquisitos esses que estamos vivenciando.

Além das eleições suplementares do domingo próximo passado, ainda temos que suportar os profetas que já elegeram todos os possíveis candidatos aos cargos majoritários e proporcionais das eleições estaduais vindouras.

Aliás, estão quase todos os políticos cearenses, tal qual euforia de carnaval fora de época:

- Onde todo mundo pula muito, mas a alegria mesmo somente quando abrirem
todas as urnas em 2022 da capital aos sertões do Ceará.

E vou terminar por aqui, antes que alguém afirme precocemente, que o Guardião e Contista do Largo do Théberge pirou de vez.

(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista).

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

A culpa é do finado Noé



Dr. Paulo Quezado não é somente um professor e advogado renomado do Estado do Ceará, quiçá do Brasil, mas um extraordinário amante do seu torrão Aurora - fincado na região da fé do nosso Cariri - que se envolve de corpo e alma com as tradições populares, religiosas e com as histórias que ele escuta em todos os quadrantes do Estado.

Certa feita, foi contratado por uma família importante do município de Cedro para patrocinar uma complexa causa na área criminal e de repercussão regional.

Por cautela e compromisso, diante do horário para o início da audiência já agendada, resolveu pernoitar na cidade.

Homem simples do nosso cotidiano, hospedou-se em uma pousada onde já acolhia pessoas de diversas profissões.

Servido o café da manhã nos primeiros raios do sol, eis que um cidadão em torno de 50 anos de idade e envolto com uma toalha no pescoço, reclamava:

- "A culpa é do finado Noé; a culpa é do finado Noé; a culpa é do finado Noé".

Certamente que a repetida reclamação, sem os devidos esclarecimentos, chamou a atenção dos demais presentes no café da manhã da pousada.

Atento, Dr. Paulo cuidou de perguntar.

- "Senhor, com o devido respeito, qual é culpa do Noé nessa história mesmo?".

E a explicação veio em seguida:

- "Como não pude pagar por um quarto com ar-condicionado, no meu só tinha um ventilador e as muriçocas que Noé trouxe em sua Arca não me deixaram dormir".

Encabulado com a situação, o proprietário da pousada resolveu não cobrar a dormida do homem que delegou a Noé as muriçocas do Cedro.

(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista).

123



Não assisti, pois estava em trânsito, o jogo do Vovô no último domingo (5). Apenas através das redes sociais, de forma rápida, alguns lances da partida que deixaram o Ceará quase fora da Libertadores.

Presente sempre, à época, ao Castelão e Presidente Vargas em Fortaleza, e no Geraldão em Icó, observava que os números das camisas dos jogadores e suas posições em campo eram do "1" (goleiro) ao "11" (ponta esquerda).

Agora bagunçou geral. A esquisitice foi também para o futebol. Avistei aqui na minha TV um jogador com o número "123" em sua camisa.

Afinal, o 123 joga em qual posição? Ele é goleiro ou centroavante? Que doidice é essa? Só lembrando que já fui o 4° zagueiro do Tamarindo Esporte Clube do Icó.

Nunca fui um bom jogador, é verdade, mas era o dono da bola e do terno. E sabia de cor e salteado o nome dos jogadores, suas posições e numerais de suas camisas.

Não tínhamos, à época, 123 jogadores em campo. Entenderam? Obrigado; de nada!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Bom dia, Seu Pompeu Macario Batista!

E hoje é quinta?

Nos tempos esquisitos atuais criaram para para o dia em curso um tal de TBT. Esse negócio aí é uma modinha que nos remete há alguns anos e todo mundo publica uma foto de lembrança, etc e tal...!

Quando ainda em Fortaleza, nossa quinta há 30 anos, era comemorada com boas rodadas de skol com caranguejo na beira-mar. Não tenho foto daquele período, mas a boa lembrança é que o dono da barraca era nosso colega de bancos da UNIFOR e, caridoso e boa gente, franqueava aos mais chegados o conhecido prego (vale). No mais, vez por outra, Belchior baixava por lá.

Tomava algumas doses sentado e silente. Fumava seu cachimbo e saia a ermo. Não tinha galo, bentivi, pardais, só barulho de carros e potentes motocicletas.

A conta de energia

 


Zé Wellington, ex-sacristão do Padre José Augusto em Icó, foi se queixar na ENEL (ex-COELCE) que sua conta de energia elétrica estava com preço abusivo e cara demais.

O educado servidor da ENEL perguntou ao sacristão se sua residência tinha ar-condicionados, chuveiros elétricos e ferro de engomar, utensílios estes que sempre aumentam o consumo diário.

- "Não tenho nada disso", cuidou de explicar.

Em visita ao domicílio sugerido para diligência pessoal do servidor da ENEL, restou esclarecido que de fato não tinham ar-condicionados, chuveiros elétricos e nem outros aparelhos capazes de aferir uma energia tão vultosa.

- "Icó está muito quente e não tenho ar-condicionado para poupar energia, mas para esfriar a casa um pouco Senhor, eu deixo a porta da geladeira e do congelador abertas a noite inteira", esclareceu Zé Wellington.

E o servidor, em seu relatório, restou fácil atestar o tamanho e o motivo do valor da conta alta na residência do sacristão.

(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista).

Said, the language paid



O texto em epígrafe significa tão-somente: falou, a língua pagou!

Pois bem; muitos têm me perguntado os motivos de meu silêncio e da suposta omissão para comentar as três contas desaprovadas por unanimidade pelo Tribunal de Contas do Estado – TCE, órgão de controle externo com sede em Fortaleza - sob a responsabilidade do ex-prefeito de Icó, Jaime Júnior, e agora à disposição da Câmara de Vereadores para confirmar ou não o seu veredicto técnico.

Na verdade, sei de tudo e faço de conta que não sei de nada.

Sabem por quê?

O comentário seria bem óbvio, vez que já postei por centenas de vezes aqui neste canto de página que quase todos aqueles que estão no serviço público ou que passaram por ele poderiam ter problemas e consequências graves do ponto de vista cível e criminal.

Por isso todos são desonestos, bandidos, malfeitores, larápios de recursos públicos? Também eu afirmava, á época, que não!

Só pode entrar na extensa listagem de inelegíveis e\ou de fichas sujas quem passou pelo serviço público; isso é óbvio também.

Eu avisava e afirmava isso também.

Mas muitos, principalmente Jaime Júnior, usava desse expediente para tripudiar contra tudo e contra todos em emissoras de rádio, programas eleitorais e nas redes sociais.

Protocolou dezenas de ações nesse sentido contra seus adversários que, pasme, se transformou até mesmo em algoz de ex-prefeitos e secretários.

O mundo pós-pandemia faz urgir de cada um comportamento de serenidade. O Icó de 1992 e 1996, auge de minhas participações em palanques mais intensas, não nos permite mais buscar do passado para o presente às frases fortes, os discursos violentos e nem a sangria das honras alheias.

Passou essa fase e na política dos novos tempos Laís Nunes foi a professora.

Eu faço de conta que não sei de nada, mas soube com a certeza mais que absoluta, que nos bastidores todos os vereadores de Icó já foram procurados para jogarem na lata do lixo as Contas do Tribunal de Contas do Estado que mandou o nome de Jaime Júnior à ficha suja para doravante gerar uma amnésia coletiva dos parlamentares, usarmos a borracha de Itu e apagar tudo; mas tudo mesmo.

Faz parte da política? Faz! É imoral? É ilegal? Também faço de conta que não sei.

Só sei de uma coisa; após o resultado dessa peleja, inclusive que o Promotor de Justiça já oficiou pedindo que a Câmara ponha em julgamento, quem sabe ajudarei o amigo Jaime Júnior nessa minha fase de suavidade, cantarolar Dorgival Dantas para ele e eu nunca mais mordermos a língua:

Destá
Eu hei de ver você bater em minha porta
Toc toc toc
Destá
É sempre assim quem ri por último ri melhor
Destá
A vida é isso e o mundo véio dá muitas tantas voltas
Talvez em muito breve a gente vai se encontrar
Destá
Eu hei de ver você bater em minha porta
Toc toc toc
Destá
É sempre assim quem ri por último ri melhor
Destá
A vida é isso e o mundo dá muitas voltas
Talvez em uma delas você vá me encontrar,
Destá
É sempre assim quem ri por último ri melhor
Destá
A vida é isso e o mundo véio dá muitas tantas voltas
Talvez em uma delas você vá me encontrar
Olha eu sonhei você chorando
Sem saber o que fazer
Só porque me viu passando
Com um alguém sem ser você
Olha que eu não tava nem namorando, só paquerando
Reagiu sem perceber
Eu já estou pensando
Quer que eu volte pra você
Destá
Eu hei de ver você bater em minha porta
Toc toc toc
Destá
É sempre assim quem ri por último ri melhor
Destá
A vida é isso e o mundo dá muitas voltas
Talvez em uma delas você vá me encontrar,
Olha eu sonhei você chorando
Sem saber o que fazer
Só porque me viu passando
Com um alguém sem ser você
E pra quem não tava ligando
Reagiu sem perceber
Eu já tou pensando
Quer que eu volte pra você
Se chorar direitinho eu volto
Destá
Eu hei de ver tu bater na minha porta
Destá
É sempre assim quem ri por último ri melhor
Destá
A vida é isso e o mundo dá muitas voltas
Talvez em uma delas você vá me encontrar 🎼🎼🎼🎼