sábado, 2 de fevereiro de 2013

DE AGRICULTOR, DESPORTISTA, À PÁGINA POLICIAL.


A polícia militar, mais precisamente o Grupo de Ações Táticas Especiais - GATE, realizou grande operação de guerra, ontem (sexta-feira) por volta das 21h, na localidade rural denominada “Nova Vida”, na serra de Pedrinhas, município de Icó (CE).

Na abordagem policial, ocorrida num barzinho daquela simpática comunidade, acabou tombando sem vida, JOSÉ ROBERTO DA SILVA DUARTE, ou simplesmente, ZÉ ROBERTO, que estava bebericando algumas aguardentes e conversando com outros jovens, que nada têm com passagens criminais.

Conheci Zé Roberto de há muito. À época, agricultor honrado, desportista apaixonado, um pouco folclórico por sua rudeza, às vezes, no tratamento com as pessoas, mais muito solícito.

Lamentavelmente, o mundo girou em contramão a sua trajetória de vida. Com pouca estrutura corporal, foi acusado de homicídios, lesões corporais e, também, de crimes de pequeno valor potencial.

Fui seu advogado por vários anos. O apresentei a polícia judiciária até perder de vista a matemática, haja vista as muitas acusações contra sua pessoa. Foi preso e permaneceu por muito tempo esperando o seu julgamento. Depois, de tanto esperar, serrou as grades e fugiu a lugar incerto e não sabido. E o fez por três vezes.


Os muitos crimes de que era acusado, não tinha relação nenhuma com Zé Roberto. Mas tinha um ditado que estava imbricado em sua personalidade: “Fez a fama, se deite na cama”.

A fama o fez temido por todos. Adorado por alguns. E duramente procurado pela elite da polícia: O GATE.

O “Estado” já estava incomodado, em muito, com a presença de Zé Roberto e por sua liberdade, feito que se dobrou, com a desastrosa missão criminal em Catarina (CE), onde foi morto um jovem policial militar. 

Daí morreu naquele dia o ESTADO.

Zé Roberto não matou o policial, pois, os vídeos e os testemunho(s) de muitos nos autos, afirmam que este estava na sede do Banco do Brasil e, não na delegacia de polícia, onde ocorreu o trágico assassinato.

A vida de quem fere as tintas policiais e judiciais sempre termina em tragédia e prejuízos.

Na sede da delegacia de Icó, hoje, uma multidão acompanhava o desenrolar da ação, entre muitos, militares fortemente armados; curiosos, os mentirosos de plantão avistando toda sorte de história, as famílias dos inocentes detidos, e, registre-se, a família de Zé Roberto, formada por mulheres e homens de bem, principalmente os seus sofridos e idosos pais que durante muitos anos tiveram que suportar toda essa estrutura de fortes emoções.

Lembrem-se, a pena NÃO deve passar da pessoa do condenado, então não julguemos os familiares de Zé Roberto.

Quanto a ele, o julgamento agora estará em outro plano!   

   

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