A polícia militar, mais
precisamente o Grupo de Ações Táticas Especiais - GATE, realizou grande operação de guerra, ontem (sexta-feira) por volta
das 21h, na localidade rural denominada “Nova Vida”, na serra de
Pedrinhas, município de Icó (CE).
Na abordagem policial,
ocorrida num barzinho daquela simpática comunidade, acabou tombando sem vida,
JOSÉ ROBERTO DA SILVA DUARTE, ou simplesmente, ZÉ ROBERTO, que estava
bebericando algumas aguardentes e conversando com outros jovens, que nada têm
com passagens criminais.
Conheci Zé Roberto de
há muito. À época, agricultor honrado, desportista apaixonado, um pouco folclórico
por sua rudeza, às vezes, no tratamento com as pessoas, mais muito solícito.
Lamentavelmente, o
mundo girou em contramão a sua trajetória de vida. Com pouca estrutura
corporal, foi acusado de homicídios, lesões corporais e, também, de crimes de
pequeno valor potencial.
Fui seu advogado por
vários anos. O apresentei a polícia judiciária até perder de vista a matemática,
haja vista as muitas acusações contra sua pessoa. Foi preso e permaneceu por
muito tempo esperando o seu julgamento. Depois, de tanto esperar, serrou as
grades e fugiu a lugar incerto e não sabido. E o fez por três vezes.
Os muitos crimes de que
era acusado, não tinha relação nenhuma com Zé Roberto. Mas tinha um ditado que
estava imbricado em sua personalidade: “Fez a fama, se deite na cama”.
A fama o fez temido por
todos. Adorado por alguns. E duramente procurado pela elite da polícia: O GATE.
O “Estado” já estava
incomodado, em muito, com a presença de Zé Roberto e por sua liberdade, feito
que se dobrou, com a desastrosa missão criminal em Catarina (CE), onde foi
morto um jovem policial militar.
Daí morreu naquele dia o ESTADO.
Zé Roberto não matou o
policial, pois, os vídeos e os testemunho(s) de muitos nos autos, afirmam que
este estava na sede do Banco do Brasil e, não na delegacia de polícia, onde ocorreu
o trágico assassinato.
A vida de quem fere as
tintas policiais e judiciais sempre termina em tragédia e prejuízos.
Na sede da delegacia de Icó,
hoje, uma multidão acompanhava o desenrolar da ação, entre muitos, militares
fortemente armados; curiosos, os mentirosos de plantão avistando toda sorte de
história, as famílias dos inocentes detidos, e, registre-se, a família de Zé
Roberto, formada por mulheres e homens de bem, principalmente os seus sofridos e idosos pais que durante muitos anos tiveram que suportar toda essa estrutura de fortes
emoções.
Lembrem-se, a pena NÃO deve
passar da pessoa do condenado, então não julguemos os familiares de Zé Roberto.
Quanto a ele, o
julgamento agora estará em outro plano!
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