quinta-feira, 26 de junho de 2014

A LINHA DO DISCURSO GOVERNISTA. (POR FÁBIO CAMPOS, JORNALISTA DE O POVO).


CID GOMES E DOMINGOS FILHO


Cid Gomes disse reiteradamente que o seu grupo político (melhor que chamar de Pros) só definiria o nome de seu candidato à sucessão no fim do prazo estipulado pelas regras eleitorais. Dito e feito. O partido marcou a convenção para o próximo domingo, mas é provável que as escolhas sejam apresentadas um pouco antes.

Aparentemente o jogo permanece aberto. Não há sinalizações muito claras do favoritismo de um ou de outros. Está claro que a escolha não levará em conta somente afinidades pessoais ou os pesos e contrapesos políticos. No fim de um ciclo com duas gestões seguidas e os naturais desgastes, o discurso (de continuidade) precisará ser renovado e dotado de mais sofisticação.

Na entrevista concedida aos “Debates do Povo” (rádio O POVO/CBN), o vice-governador Domingos Filho, ele mesmo um dos pré-candidatos cidistas, ofereceu algumas pistas do que pode vir a ser a linha do discurso que está sendo preparada para a campanha.

Diante das perguntas mais delicadas, que sempre se relacionam aos pontos mais desgastantes para o Governo, normalmente joga-se para o distinto público um amontoado de atos administrativos. Ora, são exatamente esses atos que não resolveram os problemas deixando a situação delicada.

Ao responder às questões mais problemáticas (relacionadas à segurança pública, por exemplo), o vice-governador tratou-as como “áreas que apresentam os maiores desafios”, “fragilidades que precisam ser superadas” e áreas “que precisam de reforço no olhar”.

Pelo visto, o discurso governista percorrerá essa linha. Ou seja, admite-se que há um problema, sugere-se um caminho e olha-se adiante. Tentar esconder ou tergiversar acaba sendo sempre muito arriscado.

(POR FÁBIO CAMPOS, JORNALISTA DE O POVO).

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