CID GOMES E DOMINGOS FILHO |
Cid Gomes disse
reiteradamente que o seu grupo político (melhor que chamar de Pros) só
definiria o nome de seu candidato à sucessão no fim do prazo estipulado pelas
regras eleitorais. Dito e feito. O partido marcou a convenção para o próximo
domingo, mas é provável que as escolhas sejam apresentadas um pouco antes.
Aparentemente
o jogo permanece aberto. Não há sinalizações muito claras do favoritismo de um
ou de outros. Está claro que a escolha não levará em conta somente afinidades
pessoais ou os pesos e contrapesos políticos. No fim de um
ciclo com duas gestões seguidas e os naturais desgastes, o discurso (de
continuidade) precisará ser renovado e dotado de mais sofisticação.
Na
entrevista concedida aos “Debates do
Povo” (rádio O POVO/CBN), o vice-governador
Domingos Filho, ele mesmo um dos pré-candidatos cidistas, ofereceu algumas
pistas do que pode vir a ser a linha do discurso que está sendo preparada para
a campanha.
Diante
das perguntas mais delicadas, que sempre se relacionam aos pontos mais desgastantes
para o Governo, normalmente joga-se para o distinto público um amontoado de
atos administrativos. Ora, são exatamente esses atos que não resolveram os
problemas deixando a situação delicada.
Ao
responder às questões mais problemáticas (relacionadas à segurança pública,
por exemplo), o vice-governador tratou-as como “áreas que apresentam os maiores desafios”, “fragilidades que precisam ser superadas” e áreas “que precisam de reforço no olhar”.
Pelo
visto, o discurso governista percorrerá essa linha. Ou seja, admite-se que há
um problema, sugere-se um caminho e olha-se adiante. Tentar esconder ou
tergiversar acaba sendo sempre muito arriscado.
(POR FÁBIO CAMPOS, JORNALISTA
DE O POVO).
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