Na mitologia cristã, Maldição é a ação efetiva de um poder sobrenatural, caracterizada pela adversidade que traz, sendo geralmente
usada para expressar o azar ou algo ruim na vida de uma pessoa.
Antigamente era algo
semelhante a um "Feitiço"
ou "Encantamento", mas que
só causa o mal à pessoa.
Algumas pessoas acreditam
que a maldição não pode ser revogada até que um poder espiritual superior
intervenha trazendo libertação.
POIS BEM, para completar o preâmbulo, tive que ir ao Distrito de
Icozinho – um dos mais populosos do município icoense que percorre até a sua
sede cerca de 45km do centro comercial urbano de Icó, e, limita-se geograficamente,
com o Estado da Paraíba.
Há quatro décadas ou mais disso, nas bandas daquele sertão envolto a algumas serras e
ao Riacho do Capim Pubo, de camponeses decentes e politizados, guarda-se boas
recordações históricas e da luta constante por benefícios do poder público,
leia-se, em qualquer esfera de governo.
Dentre os reclames, sempre se destaca o possível “asfaltamento” do longo trecho supracitado, que, por conseguinte,
ajudaria no escoamento da produção agrícola e leiteira e, também, se permitiria
um maior fluxo de negócios entre os dois estados, ou seja, Ceará via Paraíba, tendo
Icozinho como cúmplice primeiro.
Enfadonhos discursos percorreram décadas, principalmente, em períodos
eleitorais, tanto em eleições municipais, como estaduais!
Mais recentemente, o então Governador Cid Gomes, incluiu a estrada de
Icozinho naquelas que receberiam recursos do estado para o seu tão desejado “asfaltamento”.
O próprio Cid Gomes, em reunião com o vereador Júnior Dantas e demais
lideranças comunitárias do distrito em alusão, prometeu que a obra seria
realizada, igualmente, com o apoio dos líderes Neto Nunes, dos Deputados Laís Nunes e Domingos Neto.
E de fato, meses depois, o maquinário de grande porte chegou ao distrito
de Icozinho, mas antes, o prefeito de Icó, Jaime Júnior(DEM), intitulou-se o “dono” do projeto e fez uma grande carreata
na cidade em cima da patrulha mecanizada.
Trágico para o que se observou depois
das eleições estaduais, para não chamar de hilário, quando às máquinas levantaram
suas ferramentas pesadas e sumiram do Icó! Isso mesmo, elas sumiram do Icó, e, a
festejada estrada asfaltada para os olhos impassíveis de muitos, tinha virado
naquele momento, suco no meio da poeira que lá permanece até os dias atuais.
Passados vários meses, onde se já cantou a velha cantiga dos parabéns
pela ausência da estrada asfaltada e virada da página do ano, o Governo incumbiu-se de explicar – mas ninguém
entendeu nada -, que tudo ocorreu porque faltaram recursos do Estado, e, doravante “ela” – a estrada, seria incluída no "Projeto Ceará 4”, com recursos do
BIRD - Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento.
Um verdadeiro “samba do crioulo
doido” para entender a logística dessa, pasme, amaldiçoada situação.
Primeiro, iniciaram a construção preliminar duma estrada às portas de
eleições estaduais; segundo, o maquinário sumiu logo após as eleições
estaduais; terceiro, parece que não existia, de fato, quaisquer condições
financeiras, à época, para a sua concretização; quarto...chamá-la de “estelionato eleitoral do Governo Estadual”, haja vista os
fatos em comento, não seria tão grosseiro assim, mas até razoável!
De sorte, pelo sim pelo não, o atual Governador Camilo Santana em
passagem pelo município de Orós, há poucos dias, prometeu publicamente à Deputada Estadual
Laís Nunes, que o apoiou com todo o seu grupo político em 2014, que a Estrada Asfaltada de Icó à Icozinho sairá
dos papéis à prática. Rezai e orai em prol do elegante líder Camilo Santana, e
que sua fala, tenha sido pela “Boca dos Anjos
de Deus”.
Mas enquanto isso, Jaime Júnior, o teimoso prefeito, que liberou os seus súditos
para votar em Eunício Oliveira ao Governo do Ceará, e que não deu um prego em favor de quem seja,
preferiu se fazer de morto exercitando a famosa campanha do “Buricí – cada um por si”, encontrou
uma porta aberta na Comissão de Licitação do Estado do Ceará, e danado que só
ele, fez meia dúzia de fotos no Facebook: “A estrada sou eu”.
Nem o mais puro dos mortais do “Pau
de Jacu”, instituição popular fincada no centro comercial icoense, acredita
mais nessa versão pouco convincente.
Derradeiramente, mesmo sem o DNA de a estrada ter sido aberto ainda, que
se buscará pelo feito laboratorial em breve, e, daqui pra frente, toda a publicidade
do resultado(DNA) será com exclusividade no programa do radialista Deusivan
Macedo da Rádio Papagaio-FM - um dos campeões de audiência da cidade -, logicamente com a leitura do “Mudo do São João”, com veementes comentários de “Edmar Pereira – o Miau Miau”, e para evitar uma crise bem maior, a
análise perfeita de “João Torcedor”.
E viva o povo icoense, o mais
tolerante do Ceará, que se permite tudo - até nada acontecer em seu
benefício, com boa dose de humor e paciência!
(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e
contista).
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