Durante muitos anos funcionou em Icó, na Casa de Câmara, no centro histórico da cidade, a cadeia pública que abrigava aqueles que feriam o ordenamento jurídico penal.
Presos provisórios ou condenados ficavam por uns bons períodos ali trancafiados.
Além de chamar a atenção por sua beleza arquitetônica, com arquitetura neoclássica, a cadeia icoense tinha algo de muito pitoresco e histórias marcantes.
Francisco Cizota Tavares - o Cizota (Agente Prisional), contava lances imaginários e verdadeiros.
Dentre os quais, que o “sino” posto na entrada do ergástulo nunca poderia ser tocado, pois era prenúncio de mortes e violência.
O carcereiro Cizota também chamava pra si algo de diferente, principalmente, por ter em seu poder(na cintura) a “chave da cadeia”, que pesava vários quilos e era enorme.
O comportamento do preso, repassado ao juiz da comarca era feito verbal, pois Cizota escrevia poucas linhas.
Cizota Tavares foi-se da vida terrena, mas virou marco de nossa cultura e história popular recentes.
- Foto: Alexia.
(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista).
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