quinta-feira, 12 de setembro de 2019

CASA DE FORÇA!

Na era de 1950 até a chegada das luzes de Paulo Afonso, em Icó, toda a energia da cidade era garantida pela famosa “Casa de Força”, que funcionava na rua Desembargador José Bastos, prédio que hoje abriga a Secretaria Municipal de Educação. 

O senhor Ismael Medeiros era o responsável pelo importante equipamento que gerava a luz nos sagrados lares dos icoenses.

Porém, o mais interessante, conta-nos o tabelião Edmir Peixoto dos Santos(Piolho), que às 21h em ponto, o enorme motor da Casa de Força que funcionava a óleo diesel, encerrava os seus trabalhos. 

Doravante, apenas a “Luz da Lua” servia como guia das belas noites icoenses e, em cada casa, a “Vela” clareava na escuridão. 

Mas existiam outros fatos inusitados: eram os três alertas anteriores que, enfim, a Casa de Força seria desligada e todos os munícipes teriam que seguir às suas residências.

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“Às 20h30 era o primeiro alerta, como um relógio britânico, bem na hora: desligavam a Casa de Força e todas as luzes da cidade apagavam por cinco minutos. Depois, acendiam. Às 20h40, repetiam o mesmo sinal de alerta e às 20h50 também. Às 21h, finalmente, todos que estavam em ruas e avenidas eram praticamente obrigados a se dirigir para suas casas, pois naquela noite não teria mais energia na cidade. Somente no dia seguinte”, lembra Edmir Peixoto.

Mas Edmir Peixoto, ainda lembra, que “os boêmios ficavam todos juntos e, mesmo no escuro, faziam as serenatas nas ruas da cidade para chamar a atenção das moças e donzelas icoenses”. 

(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista).

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