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IN Eleições: 1988 se repetirá em 2012 no Icó?

Postado porYuri Guedes on 18:34 in eleições, eleições 2012, Icó, reportagem especial | 0 comentários

15 de novembro de 1988. Uma data emblemática que marcou o início das eleições diretas no Brasil, culminando com as eleições presidenciais de 1989.

Sob uma nova Constituição, o Icó entrava em uma nova época junto com o Brasil. 23 anos e seis meses depois, esta eleição ainda marca o município icoense e pode ser repetida, em parte nas Eleições de 2012.

ESPECIAL - Em um ano de movimentações políticas, o Icó é Notícia oficializa a sua entrada e cobertura das Eleições Municipais com uma série de reportagens, que trarão a história, os personagens e os elementos que tornam cada pleito uma história.

A cada dia 7 do mês, uma nova matéria especial com um tema diferente, encerando com a realização do sufrágio universal, marcado para o dia 7 de outubro de 2012. Aqui será um espaço não somente para reunir informações, mas para levar para as calçadas a importância da política no cotidiano.

1988 - Quatro candidaturas, uma da situação e tr}es de oposição, foram postas para a população icoense:

• Oriel Guimarães Nunes [PTR] e Jaime Almeida Alencar;
• Quilon Peixoto Farias [PTB] e Maria Irismar Maciel Moreira;
• José Teógenes Abreu [PT] e Francisco Germano Moreira;
• Raimundo Getúlio P. de Oliveira [PTB] e Josefa Claudino Batista.

Um feito único e comparado às grandes localidades, nunca repetido depois, que registrou apenas duas candidaturas nas eleições de 1992, 1996, 2000, 2004 e 2008. Junto aos prefeitáveis da época, 98 postulavam 21 vagas na Câmara de Vereadores. Das 22.376 cédulas com votos válidos, 18.127 foram distribuídos entre as quatro opções. Assim foi a votação:

Início do período de redemocratização, juntamente com o Brasil, o pleito de 1988 em Icó vinha com opções. Após a época da ditatura militar com os prefeitos eleitos alinhados ao governo central, no caso da Arena [Walfrido Monteiro Sobrinho, Jaime Almeida Alencar, José Walfrido Monteiro, Quilon Peixoto] e PDS [Aldo Marcozzi Monteiro], o município via as possibilidades para a escolha.

E HOJE? Além do encerramento do poderio da família Monteiro na política icoense e o início na política do clã Nunes, com as eleições de Oriel Guimarães Nunes [1989- 1992], Neto Nunes [1997-200 e 2001-2004] e Marcos Nunes [2008-2012], 1988 trouxe para o momento atual de Icó a ideia do pleito com diversidade.

E as Eleições Municipais de 2012 poderão entrar na história por essa marca. Mais de duas opções tira a polarização que tanto marcaram e marcam o acirramento das votações de Icó, desde os primórdios desta civilização da Ribeira do Salgado.

Em se confirmando, as três pré-candidaturas postas à população icoense, uma da situação e duas da oposição, trazem um elemento diferente e apenas vivido há mais de duas décadas. Não entrando nos pormenores onde a política vira politicagem, caso sejam confirmadas as três opções, fica para a população o vislumbre de um novo momento na política, com mais vozes, mais debates, projetos e escolhas.

OPÇÕES - Do lado situacionista, o prefeito Marcos Nunes [PMDB] tenta conseguir a reeleição. Conta com a máquina administrativa e com o apoio do ex-prefeito e atual deputado estadual, seu irmão Neto Nunes, além do Governo Estadual e Federal. Seu trunfo, a implantação da futura UFCA em Icó, uma conquista para o município e não conseguido pelo Iguatu. Filho do ex-prefeito Oriel Nunes, Marcos deverá ter o apoio dos ex-prefeitos Quilon Peixoto [PSD] e Cardoso Mota [PSB]. Conta ainda com a maioria na Câmara.

No lado oposicionista, as atenções se dividem. O ex-prefeito Jaime Júnior [DEM], que assumiu o mandato quando da saída via justiça de Cardoso Mota, deverá tentar sua segunda eleição, a primeira perdida em 2008 para o atual prefeito. Tem ao seu lado a experiência de ter trabalhado à frente do Executivo e ter sido chefe de gabinete do então prefeito Neto Nunes. Na Câmara, tem o apoio dos vereadores da oposição. Sua administração é marcada pelo pagamento dos funcionários municipais em dia.

Do lado da Comunicação, e ainda na oposição, está o radialista Rubens Brasil [PR]. Contabilista por formação, foi na implantação da Brasil FM que fez seu nome, e sua voz, chegar aos mais longes rincões icoenses, através do Programa Rubens Brasil. Conta com o apoio do ex-governador Lúcio Alcântara e do prefeito de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza [RMF], Roberto Pessoa. Cem participando da frente em apoio aos irrigantes do Perímetro Irrigado Icó-Lima Campos [PILC], com a relização de audiência na AL-CE.

Para a situação, a apresentação das construções de novas praças, a nova Secretaria de Saúde, além da entrega no município das obras do Governo do Estado - Escola Profissionalizante e, em breve do CEO [Centro de Especialidades Odontológicas] e Policlínica - deverão ser utilizadas.

Por parte da oposição, os números negativos nas áreas da saúde [dengue em 2011 e IDSUS], doações polêmicas de terreno feito pela Prefeitura Municipal, gestão fiscal crítica - segundo IFGF - e índices baixos apontados no IFDM deverão ser utilizados para contrapor à reeleição na PMI.

CURIOSIDADE - Além da novidade a se confirmar, uma curiosidade poderá vir a cabo. O candidato da situação é do PMDB, um partido que integra nacionalmente a base de apoio do Governo. Entretanto, o PT local deverá seguir o sentido oposto, atuando e apoiando a oposição, seja com o DEM ou o PR. Este último, que também integrou diretamente o Governo Federal, no Ministério. Na complexidade política do Brasil, os partidos transitam entre a oposição e a situação.

* Com informações do TRE-CE [Eleições Detalhadas e Prefeitos eleitos] e histórico da Prefeitura de Icó [Icó é Notícia]