Em 1995, Dr. Francisco Ferreira, cioso juiz de direito da comarca de Icó, convocou advogados, o promotor de justiça, serventuários da justiça, a igreja e o destacamento policial, para juntos, visitar a Casa de Câmara e Cadeia que, à época, era o ergástulo público de Icó.
No presídio, tinha os presos em regime fechado e, outros tantos, em regime semi-aberto para o cumprimento de sua repressão penal.
Alguns, por sentença, apenas dormiam trancafiados. Se recolhiam às 18h e saiam às 6h do dia seguinte.
Pois bem, dentre eles, o Chico de Euclides, transeunte rotineiro do Mercado Público de Icó, afeito diariamente a uma cachaça nossa de cada dia. Um "papudim" conhecido, digamos!
Por força da cachaça, em ato único e isolado, cometeu um homicídio e recebeu da autoridade o famoso "teje-preso".
Após bom tempo recolhido preso, ganhou o direito de recolher-se nos finais de tarde, haja vista o seu notável comportamento.
Certo dia, a gente chega no presídio, toda a comitiva liderada pelo magistrado Dr. Ferreira.
Nos deparamos, silenciosamente, com Chico de Euclides caminhando lentamente segurando as mãos às paredes do presídio.
Dr. Ferreira, enérgico juiz, em voz alta, perguntou: "O que é isso Chico de Euclides?".
Assustado, Chico respondeu com às únicas forças que lhe restava: "Foi a Ypioca seu doutor".
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