O Bar
de Zé Marreca ficava situado na antiga Rua 15 de novembro, hoje Rua Francisco
Maciel, em frente ao curral de Seu Monteiro. Era o reduto dos boêmios,
políticos e demais icoenses apreciadores de umas geladas ou doses de
destilados.
Em um
feriado de 21 de abril – Tiradentes – o referido recinto encontrava-se lotado
dos seus mais fieis frequentadores. Por lá estavam os políticos da época, Dr.
Quilon Peixoto (Prefeito); Deputado José Walfrido Monteiro, alguns vereadores,
parentes dos políticos, seus bajuladores, e, os fregueses do cotidiano.
Também
se encontrava no recinto, a figura folclórica da época – Cizota Tavares - que
não perdia uma oportunidade de estar presente, onde houvesse uma festa
gratuita, com muita comida, sempre regada à cerveja gelada.
O
então Deputado Walfrido Monteiro, pediu a Cizota que fizesse um discurso em
homenagem ao Dia de Tiradentes. O pleito imediatamente foi atendido. Cizota
sobe em uma cadeira e começa o seu eloquente discurso:
- “Tiradentes foi morto e esquartejado....Tiradentes
foi morto e esquartejado....Tiradentes foi morto e esquartejado”.
E
esse mesmo pronunciamento se repetiu por umas dez vezes.
Até
que o Deputado Walfrido Monteiro, que solicitou o discurso do empolgado orador,
o interrompe:
- “Só Isso Cizota?”.
Cizota
Tavares, matreiro, mas com raciocínio rápido cuidou logo de responder com outra
pergunta:
- “Você ainda acha pouco o que fizeram com este
homem?”.
(Por Damião Diniz).
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