
Na primeira entrevista concedida após uma cirurgia na próstata, o convalescente Ciro Gomes, candidato derrotado à Presidência, nega que a eleição de Jair Bolsonaro configure um risco à democracia brasileira e afirma que é preciso respeitar "o tempo e a majestade da vitória do camarada".
Nem por isso, deixa de fazer duras críticas ao modo como o novo governo concebe as futuras estratégias econômicas e políticas.
Em conversa de mais de uma hora no apartamento de seu filho, na Zona Oeste da capital paulista, Ciro Gomes declara ao Valor Econômico que Bolsonaro não entende o país. E a equipe que está recrutando, menos ainda.
Para ele, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, "parou de ler nos anos de 1980 e definitivamente não leu nada depois de 2008", ano em que foi deflagrada a crise econômico-financeira mundial. E justamente a economia, a seu ver, será a grande definidora do sucesso do governo, em uma lua de mel que praticamente não existirá.
Ciro Gomes acusa o PT de dar origem à onda bolsonarista e afirma que a atuação do partido nestas e em outras eleições não permite distingui-lo moralmente em relação a Bolsonaro.
Sobre Fernando Haddad, também derrotado, Ciro não tem acusações morais e elogia a excelente formação, mas não o considera um quadro de liderança capaz de vencer eleições.
- "É um acomodatício, uma pessoa da elite". Mas esperaria dele um convite para jantar.
Clique AQUI e leia a entrevista na integra.
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