quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

JERÔNIMO E SUAS TRÊS MULHERES.

Transeunte rotineiro dos sois cotidianos do Icó, o agricultor Jerônimo, residente no sítio Retiro, pessoa trabalhadora e de bem com a vida, foi acusado de ferir o ordenamento penal e restou preso.

Daí, Jerônimo, nosso preso temporário, mostrou-se talentoso para o amor: uma namorada e duas esposas.

Preso, as três mulheres foram solidárias para com Jerônimo.

Procuraram o nosso juiz, Dr. Luiz Carlos e, o diretor de secretaria do fórum, Erlândio Rolim, para uma reunião.

“Senhor Juiz, Senhor Diretor, eu sou a nomarada de Jerônimo, disse a primeira. Eu sou a esposa no papel de Jerônimo, disse a segunda. Eu sou amancebada com Jerônimo, disse a terceira”.

Nós fizemos um acordo, sem briga alguma, pois, Jerônimo está preso e nós queremos ter o direito de visitá-lo, intimamente, na cadeia do Icó. Pelo acordo, Senhor Juiz, cada uma terá direito a ficar com ele dois dias durante a semana”.

Dr. Luiz Carlos, nosso magistrado, atento a legislação penal-processual, decidiu por outro caminho: “concedeu o alvará e doravante a liberdade ao nosso homem do amor Jerônimo”.

Agora livre das grades da cadeia icoense, Jerônimo terá que decidir quantos dias, a seu bel prazer, ficará as suas mulheres em sua companhia.

Pelo o visto, o amor não tem cerca que o separe.

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