Erro para reconhecer e lamentar.
No jornalismo, reconhecer o erro é um gesto tão doloroso quanto digno. Juntando dor e dignidade, admitimos como equivocada a divulgação, ontem, do número de 80 prefeituras na apresentação do material sobre os municípios passíveis de investigação no Ceará a partir do ocorrido em Senador Pompeu. Um descuido na nossa apuração, feita com o cuidado que acreditávamos suficiente para evitar problemas do gênero, que exige de nós um pedido formal de desculpas às prefeituras indevidamente citadas. Por outro lado, o episódio nos leva a redobrar esforços no sentido de continuar acompanhando o caso com a atenção que merece e com um nível ainda mais rigoroso de checagem das informações a serem publicadas.
Guálter George, editor-executivo de Conjuntura
18 prefeituras incluídas indevidamente em lista.
São 68 as prefeituras que contrataram empresas integrantes do esquema de fraude em licitações comandado pelo empresário Raimundo Morais Filho, o Moraisinho, e não 80 como O POVO publicou ontem. Houve 18 prefeituras incluídas indevidamente na lista, enquanto outras seis que haviam fechado contrato com tais empresas não haviam sido incluídas. Em todos os municípios listados na sexta-feira, as empresas, de fato, concorreram em licitações, mas, em alguns municípios, não chegaram a vencer ou firmar contratos. Foi o caso de Banabuiú, Canindé, Caucaia, Cedro, Chorozinho, Guaiúba, Iguatu, Iracema, Itapiúna, Jaguaruana, Marco, Pacoti, Palhano, Quixeramobim, Solonópole, Tamboril, Ubajara e Viçosa do Ceará.
Para fazer o levantamento, a reportagem havia considerado só as cinco principais empresas envolvidas no esquema, segundo o promotor Luiz Alcântara, um dos responsáveis pela investigação. São elas: Êxito Construções e Empreendimentos; Master Assessoria e Engenharia Ltda; Falcon Construtora e Serviços Ltda; Prátika Incorporações Ltda; e Daruma Construções e Empreendimentos Ltda. Na rechecagem das informações, foi identificado que Chaval e Itapipoca, não citados na lista de ontem, também têm pelo menos um contrato com alguma das empresas.
Conforme o promotor, essas são apenas as principais construtoras envolvidas no esquema. O grupo criminoso fez uso não apenas de cinco, mas várias. Ele informou ontem que a Ponto Com Construções e Terceirização Ltda também faz parte da relação. Com a inclusão de mais essa empresa, os municípios de Beberibe, Itapajé e Maranguape, que não contrataram serviços das cinco mais importantes, mantêm-se na lista, por manterem contrato com a Ponto Com. Já Arneiroz, Russas, São Luís do Curu e Acaraú não estavam na lista publicada ontem, mas são também alvo de investigação, pois contrataram serviços da Ponto Com Construções e Terceirização Ltda. Como o esquema envolveu mais empresas, o número de prefeituras a serem investigadas pode crescer.
Gestão anterior.
ENTENDA A NOTÍCIA.
Promotor promete investigar todos os municípios que têm contrato com as empresas do esquema comandado por Moraisinho. Não se sabe ainda o nível de comprometimento de cada prefeitura.
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