JOGO INESQUECÍVEL DO VERDÃO E LOURÃO.
OS HERÓIS DO PRIMEIRO CLÁSSICO.
Em Pé: Epifânio, Barbosa, Zé Arnoldo, Alberto, Dedé de Bento, Dedé Juvino, Carlos Alberto e Hélio.
Agachados: Galego da Coelce, Carlos, Andrade, Gildivan Oliveira, Neném, Zé Pereira e Nonato Bertoldo.
Há 30 anos, importantes capítulos da história do futebol Icoense foram impressos com as cores do Verdão e do Lourão.
Era chegada a hora. Verdão e Lourão, enfim, frente a frente após um ano de ferrenha rivalidade, surgia à oportunidade de se provar, de uma vez por todas, quem tinha o melhor time, qual era a maior torcida. As duas equipes, até então, cultuavam o hábito de fazer apenas amistosos contra equipes de cidades vizinhas.
À proporção que batiam adversários, Verdão e Lourão iam construindo a fama de times imbatíveis entre os desportistas da região.
Se o Verdão e Lourão não se enfrentavam, não era por falta de propostas. Convites foram feitos ora por um, ora por outro, mas sempre surgiam problemas de última hora que impediam o acerto final.
O momento – bom ou mau – pelos quais os times passavam, o menor empecilho servia de pretexto para se adiar o que todos, no íntimo, temiam, porém, aguardavam com ansiedade.
Como ambos não queriam entrar para a história na condição de perdedor número um, Verdão e Lourão correram atrás de reforços.
Enfim, chegava o grande momento, tudo pronto, o árbitro deu início à partida.
O Lourão saiu logo na frente com o gol de Zé Sarmento, mas o Verdão não sentiu a pressão do adversário e logo equilibrou o jogo e passou a dominá-lo, forçando as jogadas com Helio, pela direita, e com Gildivan, pelo meio. O Verdão logo empatou a partida com Hélio, o Lourão ao contrário do Verdão sentiu a pressão começou a errar muitos passes, mesmo assim o Verdão não soube aproveitar o nervosismo do rival e o primeiro tempo terminou empatado.
Na etapa final, o panorama foi bem diferente. O Verdão veio mais cauteloso e o Lourão, mais agressivo. A impressão de todas as pessoas era de que o placar mudaria a qualquer momento, pois quando não era o Lourão que atacava, era o Verdão que levava perigo à meta adversária.
Aos 30 minutos, finalmente, saiu o segundo gol: a defesa do Lourão deu moleza e o Hélio entrou na área e tocou na saída do goleiro Clairton Oliveira.
A torcida do Verdão explodiu de alegria. A partir daí, o Lourão tentou de todas as formas empatar a partida, mas foi só.
A torcida do Verdão não coube em si de tanta alegria. À torcida do Lourão, restava o consolo de tentar devolver a derrota no clássico seguinte. Mesmo que conseguisse, todavia, jamais mudaria o fato de que coubera ao Verdão a primeira vitória.
E, tal qual o primeiro beijo, esta jamais será esquecida.
Foto e texto enviado por: Nonato Bertoldo (professor e poeta).
(DO BLOG DO LACY).
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