“Um governo começa no contrato firmado com o eleitor”.
Inicialmente uma questão se impõe:
qual a função de um prefeito? Mais ainda, não só o prefeito, mas a função dos
governantes? De um modo geral, existem várias expressões de poder: o guerreiro,
que briga pelo seu município, pelos seus representados; o administrador, que
toma conta do dinheiro público, do dinheiro de todos, que, austero, faz mais
com menos; o representante, que advoga para seus governados; o conselheiro, que
os cidadãos querem sentir presente.
De certa forma, todo governante
encarna, mais ou menos, um ou mais destes perfis. Seja qual for à identificação
que a comunidade estabeleça com seu administrador, ele deve estar apto a
alinhar: vontades, direções, diagnósticos. Potencializar o que naturalmente
permaneceria disperso.
Assim podemos elencar alguns exemplos
de valores que podem ou devem ser perseguidos por um bom gestor, dentre eles:
inclusão, empreendedorismo, regra, qualidade. Juntos, conformam um fazer bem
feito em qualquer ação que se busque.
Essa ordem de valores e fatores
jamais resulta de improviso, nasce ainda na candidatura. Um governo começa na
campanha, porque eleição numa visão popular é um contrato, em que o povo paga à
vista – vota – e recebe a prazo.
É necessário, pois, estabelecer metas que
favoreçam o bem estar, ou seja, a estabilidade sócio-politico-econômica e
cultural dos munícipes.
Nessa perspectiva, a eleição deve ser
aproveitada para impulsionar, canalizar forças da sociedade em direção a o que
o candidato tem em mente. Um bom diagnóstico faz parte disso.
No entanto, para assumir as diversas
problemáticas que surgem na administração de um município e exercer a liderança
com firmeza, o prefeito deve está intelectualmente preparado, tendo em mente, o
que deverá contribuir e o que terá como resultados, dos quatro anos em que
estiver à frente do município.
Dessa forma, torna-se imprescindível
ter clareza do que é ganho pessoal e do que é prestação de serviço à comunidade
que o elegeu.
Procedendo assim, será possível
eliminar muitos problemas. Procedimentos como: suscitar e manter em sua equipe
um forte sentimento de missão Ter bem claro tais questionamentos: Onde vou
chegar? O que vou entregar à população; Qual serviço vou prestar? Quando esse
enlace perde, os governos padecem de apatia?
Ao longo do caminho, o administrador
tem que ter em mente duas curvas: a da credibilidade e a da popularidade.
Quando eleito, credibilidade e popularidade estão no mesmo patamar. Por quê?
Porque o eleitor vota acreditando na pessoa. Com o tempo, essas curvas mudam. A
de popularidade desce e sobe ao sabor do que está incomodando ou não o cidadão.
Dependendo das atitudes e decisões do prefeito, a da credibilidade tende a
cair. Sendo assim o melhor não seria tentar segurar a curva da popularidade à
custa da credibilidade.
Trata-se de grave erro: credibilidade
é capital caro e valioso. Em uma campanha, o candidato sempre passa quatro ou
cinco imagens. Governos também. São quatro ou cinco características pelas quais
o governante será lembrado. É preciso elegê-las e explorá-las junto com toda a
equipe que o auxilia. Credibilidade deve estar entre elas.
NOTA: Luciano Santana da Silva é
empresário e acadêmico de administração de empresas.
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