Oziel Gassman
Peixoto Correia Lima, diligente serventuário da justiça, é
oficial de justiça há 25 (vinte e cinco) anos, com assento na comarca de Icó
(CE).
Porém, antes de ser este zeloso “homem da lei”, Gassman como é conhecido na
seara judicial – e pelos promoventes e promovidos -, trabalhou por alguns anos
no Cartório do 2º. ofício, cuja titularidade é do nosso querido amigo Edmir
Peixoto dos Santos.
Pois bem, Gassman logrou êxito em concurso público e assumiu sua missão
de oficial, deixando o cartório. Aliás, trabalho árduo, pois percorre todo o
município icoense para citar-intimar pessoas com processos judiciais no fórum.
E à época, diga-se, realizava o trabalho sozinho.
Anos depois, Geraldo Glaudécio, responsável cidadão, após abertura de
mais uma vaga de oficial de justiça, com sucesso também foi aprovado em certame
público e, doravante, começou a dividir as tarefas com o mais antigo servidor, no
caso, “Seu Gassman”.
Pois bem, sabe-se que o Icó tem dois mil quilômetros quadrados de
extensão territorial, entre zona rural e urbana. Ademais, têm regiões longínquas
e de difícil acesso. Tanto por pista de asfalto, bem como, carroçável da pior
espécie.
Ocorre, que “sabido” demais e com mais experiência em atividades
forenses, Gassman informou a Glaudécio, que por ser o decano (o mais antigo), “era
considerado o oficial distribuidor dos processos”, com responsabilidade de
entregar as “intimações” e dividir as tarefas aos dois “oficiais de justiça”.
E assim foi feito!
Por três anos consecutivos, Gassman, dividia os processos para intimação.
Glaudécio, sem nada saber do que se tratava, recebia as intimações apenas do
Icozinho; do distrito de Pedrinhas; Cruzeirinho; Catavento, e em outros feitos,
já chegando às divisas do Rio Grande do Norte e Estado da Paraíba, por estradas
esburacadas, serras e altitudes sem fim.
Enquanto isso, Gassman, o oficial distribuidor, cumpria seu trabalho
apenas na sede da cidade (perto de sua casa e do fórum) e, no máximo ao
distrito de Lima-Campos, por via asfáltica e sem transtornos.
Exausto de tanto trabalho, e já com vontade de deixar o cargo, eis que
Glaudécio foi se queixar ao juiz de direito, que à época, funcionava em Icó.
Somente depois disso, após vários anos de transtornos, Geraldo Glaudécio,
nosso bom homem, até então inocente, ficou sabendo da esperteza de seu
companheiro Gassman.
Hoje, os dois mil quilômetros que se forma(m) todos os quadrantes de Icó,
“de igual maneira”, são percorridos por nossos dois “oficiais de justiça”,
queridos e respeitados por nossa comunidade e pelos operadores do direito com militância
local.
Gassman, agora, não distribui mais os processos!
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