segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

CID VIAJA E DOMINGOS FILHO SERÁ GOVERNADOR DO CEARÁ.


O vice-governador Domingos Filho (PROS), um dos pretensos candidatos à sucessão estadual, substituirá o governador Cid Gomes (PROS), a partir desta semana, por um período aproximado de 10 dias, o suficiente para motivar uma série de especulações, além das muitas já existentes, sobre a disputa estadual de outubro vindouro.

Se não bastasse a ebulição própria do ano eleitoral, o silêncio absoluto mantido por Cid quanto à escolha do nome a ter o seu aval para sucedê-lo, corrobora com a onda de especulações, e a inquietação dos correligionários e aliados, incluindo os petistas, pretendentes ou não ao principal cargo a ser disputado, somado ao sonho de uns poucos em uma dissidência do senador Eunício Oliveira (PMDB).

Domingos terá, na substituição do governador, mais um bom momento de exposição a favorecê-lo na corrida interna para a concretização do seu ideal de disputar o Governo do Ceará. Mas será, esse momento, o que muito lhe exigirá da sua reconhecida habilidade política.

O vice, na curta interinidade, diferentemente dos outros momentos na chefia do Executivo cearense, vai ter todas as suas ações avaliadas, minuciosamente, não apenas pelo governador, mas, sobretudo e especialmente pelos seus concorrentes dentro do grupo governista.

Competitivo.

A inexpressividade da oposição no Ceará gerou esta realidade: só na base aliada governista, mesmo timidamente, no ano da eleição, há movimento de pessoas com vistas à sucessão governamental. Algumas poucas sinalizações, fora desse eixo, se mostraram inconsistentes em todos os aspectos que se queira analisar. Só com Eunício Oliveira, integrante da base aliada ao Governo Cid, é com quem espera contar a oposição para ter um nome competitivo em quem votar.

Em outra oportunidade aqui já nos reportamos sobre a disposição do senador peemedebista em disputar o Governo. A mobilização feita por ele dentro do seu partido e as incursões no cenário nacional para obter o compromisso de apoio do PT, passam a ideia de irreversibilidade da disposição de concorrer.

A oposição aposta nesse quadro, pois, assim como Domingos Filho, José Albuquerque e Mauro Filho, todos do PROS, não acreditam que Cid apoie um nome fora da sua sigla. Assim sendo, não restaria a Eunício outro caminho senão o de disputar com apoio do PSDB e PR, principalmente estes, mesmo que para a concretização dessa solução existam as dificuldades do campo nacional.

Vice.

Uma parte do grupo majoritário petista, aliada ao governador do Ceará, começa a demonstrar preocupação com as investidas de Eunício. Na última quinta-feira, uma reunião com representantes de todas as tendências controladoras do diretório estadual do PT, inclusive o presidente, discutiu algumas das alternativas possíveis da manutenção integral da aliança formada desde 2006 com o Governo, incluindo nela o PMDB e o PCdoB. A preocupação petista é, também, para evitar mais desgastes internos, em razão do posicionamento do grupo minoritário liderado pela ex-prefeita Luizianne Lins, adepta da candidatura própria petista ou do apoio à pretensão de Eunício.

Alegando ser mais importante para o partido a reeleição o quanto menos traumática da presidente Dilma, integrantes do PT no Estado admitem, inclusive, abrir mão de indicar um nome para disputar a vaga de senador, como tem sido propalado há algum tempo, se Eunício quiser o cargo para indicar um seu correligionário, mantendo intacta a aliança. O PT indicaria o candidato a vice-governador. Há consenso de que o comando nacional desenvolverá todos os esforços, inclusive na cessão de espaços, para facilitar a sucessão de Cid.

Site: Jornal Diário do Nordeste.


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