A Semana da Árvore em Tauá começou com uma palestra no Cine Teatro do Parque da Cidade com professores e alunos de turmas do ensino fundamental da Escola Cantinho do Saber. No encontro foi discutida a importância da Educação Ambiental como fator de integração social no semiárido e do bioma Caatinga e seus desafios, a cargo do superintendente municipal, Rogaciano Oliveira.
A Superintendência Municipal do Meio Ambiente tem um calendário de atividades para ser trabalhado no município com apoio da Secretaria de Educação e Pacto Ambiental da região dos Inhamuns e Sertões de Crateús.
O estudante Paulo Vitor Torres Lima (13), 8º. ano, destacou a ação do órgão ambiental do município, chamou a atenção para a falta do verde na cidade de Tauá onde as praças e avenidas necessitam de uma arborização consistente com árvores nativas do Bioma Caatinga e para o vasto espaço do Parque da Cidade de Tauá onde palmeiras predominam na contramão das árvores que poderão proporcionar melhoria do clima e tornar o local visitado e admirado.
Já a estudante Anna Beatriz de Oliveira Gonçalves, 6º. ano, mostrou a sua preocupação com a falta de árvores fruteiras nos quintais das residências que produzem alimentos e de árvores nativas nos espaços públicos.
Professores e alunos defendem o plantio de árvores como o Ipê do Brasil, Aroeira, Muquém, Imburana de Cheiro, Carnaubeira, Mororó, Canafístula, Pau Branco que são nativos. Por que o modismo pelas árvores que não são do nosso Bioma?
Os dois estudantes plantaram no Parque da Cidade de Tauá um pé de Mulungu, árvore frondosa e bela sob olhar atento dos professores e colegas das turmas citadas.
O momento marcante foi quando um grupo de alunos arrancaram um pé da planta exótica Nim, sob aplausos dos presentes. Foi um gesto de protesto contra a desvalorização de árvores nativas do Bioma Caatinga que deveriam povoar as cidades do Nordeste do Brasil.
Jorge de Moura, secretário executivo do Pacto Ambiental, aplaudiu a atitude dos estudantes que comprovam serem possuidores de espírito público e conhecedores dos problemas advindos das árvores exóticas introduzidas no semiárido, vindas de biomas de outros países.
O município de Tauá tem um Viveiro de Mudas de Árvores Nativas e Fruteiras graças ao Projeto Mata Branca/BIRD/GEF e um Banco de Germoplasma a disposição da coletividade.
A prefeita Patrícia Aguiar tem um grande desafio: “Arborizar a cidade de Tauá e as sedes dos distritos com árvores do nosso Bioma. Com o viveiro de mudas será possível se fazer a diferença no Semiárido Nordestino, e nosso apoio será irrestrito em prol dessa nobre causa”.
(DIÁRIO DO NORDESTE CENTRO-SUL).
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