segunda-feira, 6 de março de 2017

Clóvis Rocha e os amigos

Comerciante da Praça do Mercado, nos idos anos de 1970 na Ribeira dos Icós, Clóvis era bem relacionado com os companheiros, de quem vivia cercado principalmente para ouvir suas colocações sempre movidas de um toque pitoresco, apesar de sempre ser dito com ares de seriedade.

Gostava de saber de tudo o que estava se passando em volta, embora usasse de sabedoria para não se comprometer com assuntos mais delicados.

Questionado sobre quem considerava culpado no conflito ocorrido na Rua do Comércio, onde as balas cruzavam os ares e do seu estabelecimento acompanhou a triste cena, e ao ser questionado pela autoridade, disse ele:

- “Doutor, o que eu vi eu não vi, quanto mais o que eu não vi”.

Assim o jovem a autoridade curiosa ouviu, se não entendeu também não mais argumentou.

Em outra oportunidade, não foi lhe dado tempo de concluir a gozação, pois o interlocutor foi mais perspicaz:

Chega o estudante Carlos Mandacaru de Fortaleza e foi interpelado pelo conhecido negociante:

- Chegou quando?
- Hoje.
- Veio só?
- Não, como mais 36 pessoas.
- Tão tudo na casa do Zé Cavalcante?
- Não. Eu desci do ônibus e eles continuaram.

(Por Gilson Moreira/causo).

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