terça-feira, 9 de novembro de 2021

Manda quem pode, obedece quem tem juízo!

 


O título em epígrafe é utilizado para vários fins, inclusive no jargão político partidário. Porém, nos bastidores do poder, seja em qualquer instância, há muito não tem sido regra, mas apenas exceções.

O caso da votação dos precatórios ocorrido na Câmara Federal recentemente em Brasília restou bem claro quando dos votos pelo SIM de parte dos Deputados Federais do PDT e PSB para o tema o "manda quem pode, obedece quem tem juízo”, não teve efeito prático nenhum.

Não é de hoje que as agremiações partidárias não conseguem pôr ordem e convergência de suas ideias, seus programas partidários, ideologias, estatutos, quando surge uma votação mais polêmica em seus parlamentos.

Preteritamente, os partidos já afastaram de suas fileiras de filiações Deputados e Vereadores que insistiram em votar contra a orientação partidária.

No caso mais recente, o dos precatórios, o que chamou mais a atenção da cúpula nacional é que os parlamentares da bancada progressista e de esquerda acompanharam o mesmo caminho percorrido pelos bolsonaristas.

Daí é que a gritaria foi geral; o Deputado Federal André Figueiredo, nosso vibrante presidente estadual do PDT e histórico do partido há mais 30 anos com as mesmas cores estampadas em quadro na sala de entrada de seu sagrado lar, postou nota de apoio do SINDICATO APEOC.

"Até o sindicato sabe que votamos com a consciência e com o melhor dos propósitos. Estou no PDT, meu único partido há 30 anos", disse. Mudou de assunto e continuamos falando de Brasil, do cotidiano e das eleições vindouras. Tudo isso num sábado frio lá da Serra de Guaramiranga.

Bolsonaro, nosso falante presidente da República, também não mandou em seu PSL. Brigou nos bastidores por indicação do líder na Câmara Federal; queria escolher o seu novel presidente; foi gravado clandestinamente em uma troca de ideias que ele jurava pela Bandeira do Brasil que nada tinha com isso e, ao final, deixou aquele partido para não ser expulso.

"Quem manda somos nós, os deputados, e nada tenho com esse quiprocó", disse o deputado Heitor Freire, à época. Bolsonaro, por certo, mandou devolver ao Heitor o quadro em nanquim colorido que ganhou de presente do cearense.

Enquanto isso, em toda essa polêmica que foi matéria em todos os grupos de whats, blogs, jornais e rádios, restou provado uma coisa:

- Só tem um partido que "manda quem pode, obedece quem tem juízo"; o partido
denominado Luiz Inácio Lula da Silva.

(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista para o Portal Opinião).

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