Com a mesma naturalidade de Pilatos que lavou as mãos diante do sofrimento de Jesus de Nazaré, tem se comportado a maior emissora de TV do Brasil, a Rede Globo de Televisão, ao comunicar em pequenas notas sem qualquer conteúdo ou por telefone, como fez com Isabela Assumpção, a demissão de seus mais experientes profissionais.
Estranhamente, também copiou tal qual o Sistema Verdes de Comunicação do Ceará, que também dispensou do trabalho os seus mais festejados jornalistas sem qualquer atenção e respeito para com eles.
Após 10, 20, 30, 40 anos ou mais de serviços prestados com artigos, matérias e apresentações premiadas nacional e internacionalmente, o telefone toca e ao invés do educado bom dia, você escuta secamente do outro lado da linha:
- "Informo que você foi demitido; muito obrigado pelos serviços prestados. Você ganha muito, sabe muito, mas vamos trocá-lo por quem aceita ganhar pouco. Fique com Deus".
Simples assim, sem nenhum bom dia e ainda invoca o nome de Deus pra anunciar que, doravante, você foi trocado por um bico de pão, um copo de café com leite frio e que agora é mais um pra extensa listagem dos milhões de desempregados da nação.
Esse é o mundo esquisito que vivemos. Não estamos discutindo o paternalismo penoso a quem seja e nem que essas empresas de comunicações, diante do cenário econômico que estamos vivenciando, não deve passar por ajustes contábeis entre o que pode ou não na atualidade. Mas a forma como é tratada uma relação entre os empregados e o patrão.
Se o momento é de ajustes, nada impede que esses anúncios de demissão respeite pelo menos os leitores, fãs, seguidores, dessas mulheres e homens de inteligência privilegiada que marcaram os brasileiros com suas histórias.
Vou parar por aqui e ler a reportagem muito importante que fala da paz celada entre a Xuxa, rainha dos baixinhos, e sua comadre Marlene Matos, sua ex-produtora.
Afinal, para não ser preciso desenharmos, foi o que sobrou de tudo isso: uma luz apagada no final do túnel.
(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista para o Portal Opinião).
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