quarta-feira, 26 de junho de 2013

Shopping de Iguatu já tem três interessados.

Agenor Neto
Já com três investidores definidos, o projeto inicial de instalação de um shopping center em Iguatu, no Centro-Sul do Estado, já foi elaborado e prevê recursos de R$ 35 milhões a R$ 40 milhões para sua construção.
Em encontro envolvendo empresários interessados e o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado (Cede), Alexandre Pereira, foi definido que será contratada uma pesquisa para avaliar a viabilidade econômica do empreendimento. 

O interesse partiu dos dois principais empresários do município: Edvane Matias, do grupo Tubform, e José Alves de Oliveira, da Zenir Móveis. O terceiro interessado é o empresário Antônio Câmara, da Construtora Cameron.

"A região já cabe um shopping. Ela tem se desenvolvido, principalmente com as classes C, D e E. Um empreendimento do tipo, de porte médio, daria certo rapidamente", analisa Matias.

De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico da cidade, Patrícia Diniz, Iguatu polariza outros 16 municípios na região. "Às vezes, as pessoas saem daqui para Juazeiro do Norte para fazer compras no shopping e ir ao cinema".

Fortalecimento.

Na última segunda-feira, em Iguatu, os empresários reuniram-se Alexandre Pereira para discutir o assunto. "Nós queremos fortalecer, além da indústria, os setores de comércio e serviços no Interior, com a construção de shoppings e hotéis, por isso a importância desse projeto, que queremos apoiar", declarou Pereira.

O terreno que irá abrigar o shopping ainda não está definido, mas o seu pré-projeto já foi desenvolvido pela Construtora Cameron, do empresário Antônio Câmara, que também tem o interesse de entrar como sócio.

Hotel incluído nos planos.

A Cameron já tem experiência nesse tipo de negócio, sendo uma das sócias do North Shopping Sobral, inaugurado no mês passado. Um novo encontro será definido em um prazo de até 30 dias, quando já se terá o resultado da pesquisa de viabilidade econômica do empreendimento, ainda a ser contratada. O projeto elaborado pela Cameron prevê, acoplado ao centro comercial, a construção de um hotel com 100 quartos.

Demanda.

De acordo com o prefeito do município, Aderilo Alcântara, Iguatu possui hoje 310 leitos em hotéis e pousadas.

"Mas há a necessidade de mais quartos, e com melhor qualidade", defende. No esboço do shopping, prevê-se 70 lojas satélites e três âncoras, divididas nos setores de departamento, vestiário e supermercado.

Além disso, haveria 12 lojas de alimentação, uma de games, uma megaloja de eletro, quatro lojas de serviços, e mais quatro cinemas. O investimento deverá vir parte dos empresário sócios e parte de financiamento do Banco do Nordeste.

Empregos.

A expectativa, segundo o empresário Antônio Câmara, é que o shopping gere 10 mil empregos diretos na operação, e mais dois mil na construção.

Estrangeiros buscam DI do Município.

Após ser apontada pelo Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, como o município, entre os 20 maiores do Ceará, com maior capacidade de investimentos (superando, inclusive, Fortaleza), Iguatu já começa a receber investidores de fora interessados em instalar empreendimentos na localidade.

O sistema Firjan aponta que a posição da Iguatu indica o seu forte poder hoje para a atração de investimentos externos. Espanhóis e portugueses parecem ter tido acesso à pesquisa.

Três grupos empresariais dos países ibéricos visitaram o município interessados no Distrito Industrial, que está em negociação para ser instalado.

Eles são de diferentes áreas, como construção civil e software, e pretendem constituir uma espécie de condomínio empresarial no município, com diversos negócios sob uma mesma administração. De acordo com a secretária de desenvolvimento econômico de Iguatu, Patrícia Diniz, não são somente os estrangeiros que estão interessados no distrito. 

"Já temos 17 empresas locais cadastradas para se reinstalar no distrito industrial", informa. "E temos a facilidade de que o próprio município licencia os empreendimentos de médio e baixo impacto", acrescenta.


Área.

O Distrito Industrial de Iguatu ocupará uma área de 80 hectares, e está em fase de desapropriação. A compra do terreno ainda está sendo negociada pelo município, que busca apoio do governo estadual.

Infraestrutura.

Segundo o presidente do Cede, Alexandre Pereira, o Estado pode garantir a infraestrutura do novo distrito destinado a indústrias. Para o prefeito Aderilo Alcântara, o município tem o diferencial de localização, por estar equidistante em um raio de até 500 quilômetros das principais capitais do Nordeste: Fortaleza, João Pessoa, Natal e Teresina. "Temos um potencial imenso para a distribuição". (SS)


(Fonte: Diário do Nordeste).

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