Em artigo enviado ao Blog, o consultor e estrategista político Fabner Utida avalia os caminhos da presidente Dilma Rousseff nas manifestações pelo país.
Confira:
O começo de toda essa mobilização que deixou muitos tentando entender as principais reivindicações, agora parece não deixar mais dúvidas: a população quer o fim da corrupção e um governo de resultados para TODOS os brasileiros (não somente os banqueiros ou os brasileiros do Bolsa Família e os do Minha Casa Minha Vida).
O Brasil do futuro é pra ontem. O paciente povo brasileiro viu sua tolerância ir à exaustão.
O começo de toda essa histórica mobilização popular se deu com o protesto contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo. É válido lembrar que o prefeito Fernando Haddad, que defendia o aumento, é do mesmo partido da presidente que desonerou os transportes públicos para evitar o aumento dos preços.
As manifestações não deixam dúvidas: não interessam os partidos, não importa os interesses políticos-partidários. O que importa verdadeiramente são medidas concretas e a favor dos interesses do povo brasileiro.
Dilma é a comandante-chefe e líder maior da nação. Cabe a ela respeitar a vontade do seu povo e comandar ações efetivas que atendam estas demandas. E rápido.
A primeira mulher a presidir nossa pátria amada tem dois caminhos a escolher: ou será a presidente do PT ou será a presidente dos brasileiros. Pode até ser que doa no coração. Como vai ficar a questão dos mensaleiros? O Governo Federal vai ou não ir a fundo nesta tentativa abusiva do aumento da passagem pela administração do PT da prefeitura de São Paulo (e de outras administrações de outros partidos também)? Como fica a questão do controle da imprensa que encontra apoio em tantos membros do PT? Como ficará a questão dos 10% do PIB para a educação que, aparentemente, ela era contra. Qual será o papel da nossa líder maior na questão da PEC 37?
O peculiar é que tudo isto, ao contrário de ser um problema, representa uma imensa oportunidade. A oportunidade de passar o Brasil a limpo. Oportunidade para redefinir as prioridades de investimentos da nação (saúde e educação, em vez de “Copa”). Oportunidade de fazer história. Dilma pode até sair desta “revolução”, muito mais admirada e com aprovação recorde.
De fato, parece que chegou o momento da nossa presidente fazer uma escolha relativamente simples: ou entra de vez para a história ou corre o imenso risco de sair dela em 2014, por uma escolha popular e democrática.
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