quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

SAÚDE: JORNAL O POVO PUBLICA ARTIGO ESCRITO PELA PREFEITA DE TAUÁ.


 

Para que o SUS funcione.

Organizar um sistema local de saúde é tarefa complexa. Em Tauá estamos conseguindo garantir um sistema de boa qualidade, acreditado pela população usuária do SUS que soma mais de 97% da população. São muitas ações em funcionamento, dentre elas a “planificação da saúde”, experiência focada no fortalecimento da Atenção Primária da Saúde (APS), com ênfase na qualificação e padronização funcional dos serviços.

O projeto visa organizar os serviços tendo a APS como escopo dessa estratégia, pois 80% dos problemas de saúde são resolvidos nesse nível de assistência, segundo a OMS. Através dele estamos readequando o modelo assistencial, organizando-o em rede de atenção à saúde. Trata-se de experiência inovadora e ousada. Tauá é município piloto, com apoio da Sesa, Fiocruz, ESP e Unifor. A meta é transformar a experiência em referência para o Estado e quiçá para o Brasil.

São 530 profissionais da saúde primária em qualificação por aproximadamente 15 meses para cumprir os 12 módulos do projeto. Os temas trabalhados são: Redes de Atenção à Saúde; Atenção Primária à Saúde; Territorialização; Organização dos Processos de Trabalho em Saúde; Vigilância em Saúde; Organização da Atenção à Saúde nas Unidade Básica de Saúde; Abordagem Familiar e Prontuário Familiar; Organização da Assistência Farmacêutica; Sistema de Informação e Análise de Situação de Saúde; Sistemas de Apoio Diagnóstico; Sistemas Logísticos e Monitoramento e a Contratualização das Equipes da Atenção Primária a Saúde.

A metodologia dar-se-á por aulas presenciais e de campo. Os encontros presenciais ocorrem em torno de 30 dias, monitorado por técnicos do Conass e gerentes do sistema local de saúde e da Sesa. Para maior solidez dessa aposta pensou-se em avaliar os legados desse projeto.

Para isto, a Unifor esta desenvolvendo pesquisa para avaliá-lo. A pesquisa tem Foco na linha de cuidado materno infantil, no aspecto dos custos financeiros e na organização dos serviços. Os dados coletados serão de gestantes, puérperas e mães com crianças até dois anos, além de gestores das mais variadas categorias. Apostamos no pioneirismo dessa ideia por conter conteúdo e ousadia capazes de provocar verdadeira ressignificação na forma de fazer, gerir e usar os serviços públicos de saúde.

O SUS precisa de uma infusão de substância para sair da inércia e da aguda crise que esta submerso e a “planificação” é a bula e o caminho para salvar esse sistema.

Por Patrícia Aguiar.
Advogada e Prefeita do Município de Tauá, Ceará.



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