Icó é conhecida como a Terra do Louro.
Essa denominação tem suas nascentes na antiga rivalidade entre Aracati e Icó. Ambas as cidades eram os dois pólos mais importantes da Província do Siará Grande, como “Vilas de Brancos” nos Séculos XVIII e XIX.
Dentre as versões sobre a famosa história do louro, a que busca raízes históricas é que à época do Brasil Colônia, os periquitos, chamados de Louros eram uma verdadeira praga, devorando todas as plantações e lavouras. Foi então baixado um Alvará Régio ou alguma Portaria da Capítania do Ceará, que não encontramos vestígios históricos, autorizando a dizimação das aves e a indenizando "per capita" de periquito abatido. As cabeças dos louros deveriam ser apresentadas, em atilho, ocasionalmente à autoridade para pagamento.
Conta-se que o Icó bateu o record. Daí ter sido chamada "Terra do Louro".
A outra versão mais conhecida e a mais antiga, narra que por ocasião de uma enchente, daquelas que deixam o Rio Salgado caudaloso, descia um papagaio falante e aos gritos “Salve-me, Acudam-me”. Ao chegar à ribeira dos icós, foi resgatado pelos icoenses aflitos com o destino do papagaio. O bichinho, então resgatado das águas perguntou, onde estava, ao saber que estava no Icó, disse-lhe: Joga-me na enchente, nessa terra eu não fico! Essa pilhéria enfurecia o povo do Icó, era motivo de contendas, brigas e olhe lá, até bala....
Essa última versão é mais conhecida e hoje e se conta por ai, Brasil afora, quando se fala do Icó. Mas longe das rixas antigas o icoense também ri dela e tornou o papagaio seu maior símbolo.
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