quarta-feira, 27 de abril de 2016

Presidente da Assembleia classifica Adail Carneiro de traidor ao mudar voto a favor do impeachment.


A mudança de comando do PP – Partido Progressista no Estado do Ceará, com a saída do Padre Zé Linhares de sua presidência e a chegada do Deputado Federal Adail Carneiro, foi motivo de caloroso debate na manhã desta quarta-feira (27), na Assembleia Legislativa Cearense.

O assunto teve início a partir do pronunciamento do deputado Fernando Hugo, que também é do PP, onde condenou a atitude do colega parlamentar ao votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, após ter anunciado em palanque no Ceará, ao lado do ex-presidente Lula, em Fortaleza, que votaria contra o impedimento da presidente.

Além disso, Fernando Hugo lembrou que Adail Carneiro também confirmou voto contrário pessoalmente ao governador Camilo Santana e à própria presidente Dilma Rousseff.

Fernando Hugo foi aparteado pelo deputado Ely Aguiar (PSDC), que defendeu a atitude do deputado federal, ao ressaltar que o cearense atendeu decisão da direção nacional da legenda.

Em seguida, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Zezinho Albuquerque, pediu licença da presidência da Casa, e na bancada dos deputados, também condenou a ação de Adail Carneiro, classificando-o “de traidor” ao não votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. 

Zezinho enalteceu ainda que ajudou Adail Carneiro na sua transferência para o PP e não esperava tal decisão.

(Do CearáNews). 

FORA DO PÁREO.

O Deputado Federal e Presidente do PP Cearense, Adail Carneiro, confidenciou aos correligionários e amigos, “que se continuarem o tratando dessa forma no jargão político, não dará legenda a nenhum político ligado ao Deputado Zezinho Albuquerque no Ceará”.

O deputado estadual Zezinho Albuquerque, estava liderando mesmo na informalidade o PP do Ceará, onde vários de seus correligionários estavam filiados, como o seu próprio filho, prefeito do município de Massapê, Antônio José.

Como não existe mais “candidaturas natas” a detentores de mandatos eletivos, já que tal garantia foi revogada pela legislação eleitoral vigente, o Deputado Zezinho Albuquerque corre o perigo de assistir nas eleições de 2016, todo o pessoal a ele ligado politicamente, não poder ser candidato a nada no pleito.

“Zezinho quis ser sabido demais e foi engolido pela sabedoria”, garante um observador do cenário político-partidário estadual.   


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