O baixo volume de chuvas no Ceará em 2016 contribuiu para o agravamento dos níveis mais críticos da estiagem no Estado. Conforme o Monitor de Secas da Agência Nacional das Águas (ANA), 58% do Ceará está em seca excepcional, que é o pior nível que uma região pode chegar segundo a escala da ANA.
O mapa de intensidade mostra que as regiões do Cariri e Sertão dos Inhamuns são as mais críticas. Além disso, as poucas chuvas que ocorreram no último ano contribuíram para intensificar a seca na maior parte do Estado, com destaque para ampliação da parte norte das áreas de seca extrema e seca excepcional.
Com o agravamento da estiagem, a Agência Nacional das Águas aponta que os impactos devem ser no curto prazo, principalmente para agricultura e pastagem.
Chuvas em 2016
Em 2016, o volume de chuvas no Sertão dos Inhamuns, onde estão localizada as cidades de Aiuaba, Arneiroz, Catarina, Parambu, Saboeiro e Tauá, foi de 478,7 milímetros, o que representa uma queda de 29,2% em relação à média histórica que é de 676,2 mm.
Já no Cariri, o desvio negativo foi um pouco maior: 30,2%. O volume observado naquela região no ano passado, que compreende os municípios de Abaiara, Araripe, Aurora, Barro, Brejo Santo, Campos Sales, Caririaçu, Crato, Juazeiro do Norte, Milagres, Tarrafas, Altaneira, Antonina do Norte, Assaré, Barbalha, Farias Brito, Granjeiro, Jardim, Jati, Mauriti, Missão Velha, Nova Olinda, Penaforte, Porteiras, Potengi, Salitre e Santana do Cariri, foi de 630,7 mm contra os 904 mm da média histórica.
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), com cinco anos de precipitações acumuladas abaixo da média, os efeitos da estiagem são mais graves nas áreas onde é normal chover menos.
DN Online
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