Ruge no céu o "pai da qualhada"
É o ribombar forte do trovão
É, pro setanejo, uma emoção,
Só com a do amor comparada.
Se no céu ressoa a trovoada,
se enche de fé e contrição
como ouvisse, de Deus, oração
fazendo a Terra abençoada!
Não há uma cantiga de ninar
que soe mais doce que a da chuva
É como a um sertanejo afagar
E o embriagar com vinho de uva
São sons a nos acariciar
Com a mais fina e delicada luva.
Por Angelim de Icó.
Nas imagens, a seca no Sítio Mineiro e na árvore que deixa passar o contorno luminoso da Igreja do Bonfim - 1749, em Icó-CE.
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