Seis anos de seca inclemente estão derrotando o maior açude público do país. Com 3,3% da capacidade, Castanhão atinge volume morto.
Onde havia água, vacas pastam. E o mato cresce. E é possível ver também parte dos escombros da cidade velha de Jaguaribara, antes submersos.
O Açude Castanhão, responsável pelo abastecimento de Fortaleza e Região Metropolitana, entrou no chamado volume morto, desde o dia 13 passado.
E foi confirmado pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) em nota.
E AGORA?
Com capacidade de 6,7 bilhões de metros cúbicos, o Açúde Castanhão cheio abastece Fortaleza, a Região Metropolitana e o Vale do Jaguaribe por três anos.
Encheu até a tampa em 2003 e 2004. E depois em 2009. Aí foi seca sem fim, sem reposição. E de lá para cá usamos a água sem economia. O resultado é dos mais dramáticos. O maior de todos os açudes está nos estertores, praticamente seco.
Para chegar à capital a água viaja por canais de integração, percorrendo 250 KM.
O pouquinho que resta acaba em Janeiro.
VOLUME MORTO
Também chamado de reserva técnica – é a água que fica abaixo do nível da captação, e não foi programada para ser usada no dia a dia. Existe como “poupança” em caso de emergência. Não há separação física entre a água do volume morto e a do volume útil. É a mesma água, apenas num nível mais profundo.
FOTO 1
Castanhão seco (13.11.2017) by Kid Júnior
FOTO 2
Castanhão cheio (2009)
Divulgação DNOCS
Texto do jornalista Cláudio Teran
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