- Por Macário Batista, jornalista.
Nossa grande mania de imitação, ou ainda um desejo danado de ter coisas que outros povos têm, sempre nos fizeram descobrir mazelas escondidas e/ou desconhecidas de muitos de nós mesmos.
Agora, quando o mundo sofre a dor do desastre que se repete em Minas Gerais, com o rompimento da barragem de rejeitos de minério de Brumadinho, o cearense descobre que também tem uma barragem em risco de destruir campos e vidas.
Não é rejeito de mineração que é coisa que não tem ou tem muito pouco por aqui, mas de água mesmo, esse bem do qual vivemos nos queixando que temos pouco.
Em Lima Campos há um açude. Uma barragem, nas beiradas do Orós que serve para alimentar o campo e dar de beber à população do Icó, no Vale do Salgado, entre o fim do sertão central e o começo de enormes erosões no talude da barragem Lima Campos.
Danado é que a barragem pertence ao #DNOCS, um órgão que por anos e anos honrou e orgulhou o Ceará, por seus técnicos e serviços prestados, mas que foi abandonado à própria sorte por governos diversos.
Pior: o DNOCS nem faz nem desocupa a moita. Sabendo dos riscos da parede do açude Lima Campos causar problemas no futuro, a Prefeitura de Icó se prontificou a arrumar o que está seriamente danificado.
Mas o DNOCS não permite e nem promove sequer um sorriso de que poderá pensar em fazer um remendo. O DNOCS não é mais o mesmo e faz tempo!
Na verdade, o DNOCS com gestões perigosas, algumas das quais desonestas e incompetentes decreta falência moral.
Desta vez não me surpreenderá o DNOCS ser assumido pela Codevasf ou...acabar de vez...
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