Sou daqueles que acreditam que a vocação existe desde o nascedouro, ou seja, quando nossa mãe em dos mais lindos e sublimes acontecimentos, anuncia para o mundo do seu amado ventre que chegamos e nos batiza pelo nome entregando-nos à vida.
Daí, apenas, aprimoramos nossos conhecimentos e nos destacamos naquilo que escolhemos ou quem sabe, nascemos com a profissão que dela exercemos cotidianamente.
O meu velho amigo de décadas, nascido dos Pompeus lá da próspera Sobral e da cumplicidade da praça João Pessoa, jornalista Macário Batista, com sua jaqueta de vários bolsos, sua máquina fotográfica, suas canetas e sua capacidade humana de 60 anos de profissão, rodou o mundo para escrever sobre paz, posses de presidentes de países diversos; narrou as guerras que roubaram vidas e que colocaram em cheque a palavra esperança, mas nunca desistiu de suas vocações e o medo não é seu parceiro.
Com suas tintas de várias cores, há décadas, conta fatos dos bastidores da política em sua coluna no jornal O Estado, no Ceará, retomando nessa semana anos a fio na história para vestir novamente sua roupa e o seu espírito jovem de repórter.
E lá se foi Macário Batista aos rincões de Baturité, mesorregião do Norte Cearense. Baturité é a terra natal de Franklin Távora, escritor do romantismo, autor de O Cabeleira; de Luiz Severiano Ribeiro, o fundador do Grupo Severiano Ribeiro, mais precisamente, muito conhecida por diversos pontos turísticos históricos, dentre eles o “Mosteiro dos Jesuítas”, fonte de receita espiritual para a humanidade.
A religiosidade é um fator marcante na história do município de Baturité. Entre as diversas referências arquitetônicas espalhadas pela cidade, uma se destaca: o belo e imponente Mosteiro dos Jesuítas, antiga casa apostólica da Companhia de Jesus, construída há 100 anos.
Com espírito humanista, o caminhante do mundo Macário Batista, na última segunda-feira, fez um passeio e mergulhou na história, na vida, nos fatos, nos acontecimentos que marcaram os 100 anos do Mosteiro dos Jesuítas de Baturité.
O imponente prédio; os ventos fortes que lambem as suas pesadas telhas; os cantos dos pássaros; a religiosidade forte, pulsante, o piso molhado com as lágrimas da emoção do repórter, nasceu uma grande história que se tornará imortal nas páginas escritas do jornal O Estado desta quarta-feira ensolarada.
Recomendo a leitura como um bom livro de cabeceira por quem sabe contar histórias além dos quadrantes de seu imaginário.
(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.