Nos meados dos anos 1980, o nosso querido Flávio Peixoto (Flavinho de Anira) pegou carona com Manoel Leandro - que era servidor do então DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem) - rumo à Fortaleza.
Em uma sexta-feira qualquer no calendário pátrio, à época, e, em seu corcel vermelho sempre bem limpo e polido, Manoel Leandro aproveitava suas viagens à capital com o objetivo de resolver problemas funcionais e como as despesas com combustíveis eram sempre vultosas, levava consigo os amigos dispostos a racharem com os gastos.
E Flávio Peixoto, o Flavinho, foi algumas vezes nessas condições. Ao invés de pagar o ônibus, repassava os valores que seriam gastos com o ônibus para Manoel Leandro.
Pois bem! Boêmio, apaixonado por futebol, no primeiro dia de sua estada na capital cearense foi ao Estádio Castelão.
Até aí, tudo bem!
No dia seguinte, um sábado de clima ameno, Flavinho foi ao "Bar do Badalo", ambiente qualificado das noites de Fortaleza com os conterrâneos.
Vavá Muniz, Venâncio Alencar, Reuber e Rener Maciel, Papi de Teobaldo, Nestor Bastos, dentre outros, estavam presentes no Restaurante-Bar que era referência, a uma festa bacana que estava programada para aquele dia.
Flavinho, desde aqueles tempos, já era um exímio dançador; animador dos salões e chamava a atenção com seu impecável carisma.
No decorrer do evento festivo, por volta de uma hora da madrugada, Flavinho inicia de forma unilateral, uma "paquera" insistente com uma bela moça. Uma loira de 1.80m, em detrimento à sua pouca estatura.
Não sabia ele que a loiraça namorava com um musculoso lutador de artes marciais e que estava acompanhando atento, os olhares do susposto concorrente.
O namorado enciumado, valente e agressivo, deu uns empurrões, sopapos e pontapés em Flávio.
Após a turma do “deixa disso” entrar em ação, Nestor Bastos (filho de Diomedes/Suzana e hoje destacado jornalista no Planalto Central), toma as dores, segura uma garrafa quebrada e aos plenos pulmões, esbraveja:
- "Quem agrediu Flavinho que apareça agora. Que não vai ficar impune".
O bombadão, que a tudo assistia bem próximo, chegou perto de Nestor e o insultou: "Fui eu. O que o senhor deseja?".
- "Gostaria só de afirmar que o senhor fez muito bem. Esse Nêgo é gaiato e pra frente mesmo, aceite os meus
parabéns
".(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista).
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