Joaquim dos Santos (Lunga) foi candidato a vereador em Juazeiro do Norte, Ceará. Teve apenas 273 votos, à época. Os jornalistas Roberto Bulhões e Rosane Quezado, foram ouvir Lunga depois da eleição.
E Lunga gritou:
- Roubaram meus votos. E foi na apuração. Ganhei 200 pares de chinelo de Cirilo Duarte, 100 redes de seu Dedé, 100 dentaduras de Reginaldo, 400 sacos de cimento de Salviano e 400 sandália de Severino Duarte e 100 cortes de tecidos de Carlos Cruz.
"Ora, distribuí 1.300 coisas com os eleitores. Como só tive 273 votos? Me roubaram!". Essa resposta deu nos jornais e gerou grande repercussão.
E o Juiz Eleitoral do Juazeiro do Norte, que anos depois tomou posse como Desembargador, o Dr. Suenon Bastos Mota (in memorian), viu aquilo e mandou intimar Lunga. Lunga foi com o advogado Sérgio Gurgel. Gurgel, orientou Lunga.
O juiz perguntou sobre o publicado:
- "Seu Joaquim dos Santos, o senhor disse isso?". Lunga olhou pro advogado, coçou a cabeça, virou pra Dr. Suenon e afirmou:
- "Seu doutor, o advogado mandou eu negar, mas não sei mentir. Eu disse e repito: Fui roubado", afirmou.
O Juiz passou a régua e fechou a conta.
- "Não se pode punir um homem honesto".
(Por Macário Batista, jornalista).
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