segunda-feira, 20 de junho de 2022

A foto



O veterano jornalista Macário Batista - que já cobriu para o Brasil e o Mundo eventos de paz e guerra - costuma afirmar em suas crônicas logo nos primeiros raios de sol de cada dia que nascer "que cada foto conta-nos uma história".

Pois bem; Dona Menininha é a senhora que ilustra a foto e a síntese do comentário. Uma cidadã, pessoa simples do povo, que por mais de cinco décadas vendia no Largo do Théberge - sítio histórico icoense - pipocas com manteiga da terra e bombons.

O seu local de trabalho era um simples carrinho amarelo com vermelho do lado direito do Teatro da Ribeira dos Icós e bem em frente a Casa de Câmara e Cadeia. O Teatro, belo e um dos mais antigos do nordeste, já foi até clube de festas e hospital improvisado para salvar os icoenses da cólera-mor; a Casa de Câmara e Cadeia, que um dia Antônio do Bonfim antes de ser executado, gritou pelo Senhor do Bonfim em voz alta, e as balas bateram catolé. Ganhou prafrentemete a vida e a liberdade...!

E a Praça, localizada no Largo do Théberge, onde também demora a Igreja de Nossa Senhora da Expectação, a Matriz de 1709 que é o marco zero do Icó, hoje também conta a história de Dona Menininha que, ao partir à Pátria Celestial, os icoenses molharam de lágrimas esses chãos tricentenários.

Mas, como também lembra-nos o repórter sobralense com cidadania de Congonhas nas Minas Gerais, hoje já é segunda e amanhã será terça-feira!

Dona Menininha, VIVE!

(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista).

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