segunda-feira, 11 de outubro de 2010

AS BATIDAS DO SAPATO.

Não faz muito tempo em Icó, que após o resultado final de uma eleição municipal, Aldo Monteiro, então candidato a prefeitura icoense (hoje morando ao lado do pai celestial), decepcionado com poucos votos obtidos nas urnas, arrumou as malas, dirigiu-se a Rodoviária local, e ao subir para o ônibus, tirou os sapatos dos pés, bateu um no outro, e discursou: “Desta terra, não quero levar nem a poeira”.

Como o tempo é o senhor de todas as razões, mais adiante, aquela festejada liderança, arrependida, entendeu que o povo vota em quem quer, escolhe, aplaude, se entusiasma, e deposita, em tese, sua esperança.

Retornou ao Icó. Disputou tantas outras eleições. Nunca mais venceu pleito algum, embora tenha sido grande prefeito, talvez o melhor até os dias atuais, inclusive muito honesto. Esta qualidade, eu nunca ofusquei durante nossas discussões e pelejas políticas.

Passados todos esses anos, a cena dos sapatos parece se repetir em Icó.

Diferente de Aldo Monteiro, que buscava voto para sua própria pessoa e que realmente foi um líder de verdade, no pleito findo, uma meia dúzia de “sem votos” surgiu com certos candidatos a deputado estadual e federal, sem compromisso e história alguma com nosso povo, na cata pelo voto.

Resultado já esperado: “voto algum”.

Agora, revoltados, estão anarquizando o povo do Icó. Dizendo que o povo foi ingrato, ruim, covarde.

Ora bolas, enchem os bolsos de dinheiro, surgem das cinzas sem projeto algum, e o povo é que é desonesto?

Pelo visto, os interesses escusos são bem maiores do que o esperado. O restante era amor falso de campanha.

Viva o Icó. Viva o povo!!!

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