quinta-feira, 21 de outubro de 2010

PATRULHAMENTO IDEOLÓGICO.


Com a assunção e confirmação de Neto Nunes (PMDB), ontem, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, considerando válidos seus 46 mil votos, garantindo-lhe novamente uma vaga na listagem dos eleitos para a Assembléia Legislativa do Ceará, espera-se que, enfim, a campanha política partidária se encerre em Icó e, a vida cotidiana, retorne a sua normalidade plena, após as comemorações de praxe.

Embora, registre-se, que foi a campanha mais tranqüila vivenciada em nossa urbe nas últimas três décadas. As estatísticas processuais confirmam isto.

Porém, são comuns as opções diversas, as intrigas temporárias, as paixões tolas e sem conteúdo ideológico, num processo eleitoral.

Basta lê as mensagens postadas nos blogs icoenses (mural de recados), apesar de a maioria ser falsa, pois, o verdadeiro autor não é pessoa do povo, mas cabo eleitoral amolecado travestido de cidadão, para averiguar como ainda está longe o aperfeiçoamento democrático em Icó.

Ademais, protocolei ação no desiderato de buscar um IP debochante, ameaçador, agressivo, para em breve divulgar o seu verdadeiro autor. Além de criminoso, é um industrial do patrulhamento ideológico, como se eu fosse obrigado a segui-lo cegamente, como boi mascarado, nas eleições findas.

Parece que as pessoas são obrigadas a votar naquilo que “fulano” acha o politicamente correto; quando, na verdade, alguns que se passam por paladinos da moral e dos bons costumes, são embustes partidários, mas apaixonados por dinheiro e pelo poder, do que centenas que estão há séculos na vida pública.

Pela primeira vez, em vinte e dois anos de militância em campanha, não fiquei ativamente na disputa eleitoral em Icó. Imagine, tivesse participado como seria o incomodo de alguns. Prefiro ser mais importante para Deus, do que para estas tolas figuras.

As decepções recentes, somadas a tantas outras, fez com que me reservasse um pouco, fui trabalhar em Iguatu como advogado, mesmo com minhas opções abertas e firmes. Deixei os amigos, correligionários e familiares, buscarem seus próprios desejos, destinos, sem interferência.

Não militei na procura do voto, como sempre o fiz, com muita força. Mesmo assim, fiz o que pude por Cid Gomes e Domingos Neto, mais precisamente.

Para deputado estadual tive vários amigos e parentes que votaram em Jaime Júnior, Adahil Barreto, Luhanna e Neto Nunes. Repito, não interferi, não os magoei, não critiquei, não postei adesivo e fotos; não fui a comícios, não fiz patrulhamento ideológico a quem seja. O voto é livre. As paixões também, como dizia o filósofo Aristóteles.

Igualmente, senti falta dos palanques, do calor humano do povo, daquela peleja cansativa, mas empolgante; do aperto de mão seguro, do abraço apertado, do cafezinho quente, dum dedinho de prosa com as pessoas simples do Icó, em cada casa, sítio, distrito e lugarejo; do discurso vibrante.

É a vida! Cheia de mistérios, de surpresas, alegrias e decepções. Na política partidária, tudo pode acontecer do amor ao ódio, da esperança a escuridão.

Ninguém é santo. Ninguém é demônio. Ninguém é melhor ou pior. Até porque, os eleitores, não sabem o que ocorre fora dos palanques. Assistem apenas ao show, esquecem os dramas.

Tenho sido perseguido por minhas opções partidárias. Talvez deixei de prestar, por não servir mais para os interesses pessoais de alguém. Em nosso modesto blog, no mural, recebo dezenas de mensagens agressivas. Não me intimidam. Sei defender os outros e a minha própria pessoa. Recebo também, mensagens pesadíssimas contra Rubens Brasil, de ordem pessoal; diferente dele, aqui, em nosso canto de página, elas vão direto para o lixo.

Serei um dia julgado plenamente. Sem modestia, assumo os meus defeitos e sei das minhas qualidades. Não sou fraco. Não sou medroso. Não sou vaidoso e egoista. Não gosto de traição. Conheço a história do Icó e dá política daqui até a medula. Então, não venha “santo do pau oco” com papo furado. Parafraseando Adauto Bezerra: “eu te conheço Ceará”.

Aviso aos navegantes, que o meu voto, repito, me pertence. Se amanhã for o destino trabalhar novamente com os “Nunes”, a quem fui companheiro de décadas e iniciei na vida pública, como parceiro fiel, o farei de cara limpa. Não aceito patrulhamento.

Por enquanto, vou cuidando da minha advocacia, dos meus filhos, da minha vida simples, invocando sempre Deus como meu guiador de sonhos.

Despeço-me, agradecendo a maioria que me respeita e me quer bem.

Há ia esquecendo: PARABÉNS NETO NUNES PELA VITÓRIA. A HUMILHAÇÃO E SUA HUMILDADE, OBSERVADOS NA SUA CAMPANHA, VENCEU O PATRULHAMENTO IDEOLÓGICO.

Fui...








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