Cícero Romão Batista, o “Gaguinho de Guiomar”, é pessoa benquista em Icó, daqueles que só “ofende o que come”, como se define no adágio popular.
Num passado não muito longe, Cícero Romão, fazia força enorme para colocar meia-dúzia de palavras pra fora, porém, com a ajuda de uma fonodióloga amiga, eis que o “Gago” agora fala até pelos cotovelos.
Pois bem, morador da Rua Desembargador José Bastos, sítio histórico icoense, a conhecida passagem das almas, o “homem” costuma dormir altas horas da madrugada.
“O Gago era pra ser vigia. O homem não dorme”, testemunha Francisco José, o Limão.
Certo dia, pegando a madrugada com a mão, nas calçadas largas da urbe icoense, ao lado do Deputado Boquinha Nunes e do Vereador Pé de Conxa, lá por volta das 2h (madrugada), aparece um veículo ASTRA, preto, fumê 100%, debaixo dos seculares tamarindeiros, próximo à residência de nosso personagem.
O Gago não contou conversa e ligou à polícia: “Seu Ronda, aqui é o Gaguinho, tem um carro preto debaixo dos tamarindos, e ele acende e apaga; acende e apaga; acende e apaga”.
O pessoal do Ronda do Quarteirão, polícia de bairros criado no Governo Cid Gomes, do Estado do Ceará, pensou que era “pegadinha”, visto que um Gago ao telefone, com uma “conversa esquisita de acende e apaga”.
Depois de muita insistência, uma equipe do Ronda do Quarteirão, atendeu o chamado do “Homem da Madrugada” e, de fato, presenciou um veículo suspeito, acendendo e apagando as luzes sem um motivo justificado, naquele período noturno e sem fluxo de automóveis.
Era, na verdade, “dois homossexuais aos beijos e amassos, depois de intensa briga”.
Abordados, na forma da lei, se explicaram e foram liberados.
Coisas do Icó!
