terça-feira, 8 de novembro de 2011

UMA FASE PERDIDA!


Nasci em Icó (CE) em 1969, imbricado no sítio histórico de tal maneira, que após um período distante, há seis anos estou de volta ao mesmo local; desta feita, já na condição de casado, com uma esposa e três filhos, todos apaixonados pela Rua Desembargador José Bastos.


Fomos criados observando o Largo do Theberge; admirando o Teatro da Ribeira dos Icós; ouvindo as histórias da baleia entre o Sobrado do Barão do Crato (e Teatro) e, como toda criança, pré-adolescente, jovem, “jogando uma bolinha” debaixo dos centenários tamarindeiros da Rua das Almas.


Hoje, ninguém participa de futebol, jogos, etc e tal, em qualquer rua (onde moro), e nas citadas circunvizinhas – Senhor do Bonfim – Dr. Inácio Dias – Rosarão – São Geraldo - como outrora. Inclusive, registre-se, meus filhos.


Estão castrando a nossa juventude. As crianças nem sabem o que isso significa. O congraçamento, as reuniões, os bate-papos diretos, envolventes, estão todos sendo trocados pela internet, pelos jogos virtuais, pela paranóia duma modernidade questionável.


Feitas essas considerações, até pergunto: “e os jovens? E os universitários do Icó? Onde estão"? Todos silentes!


Não existe mais associação de universitários em Icó e, pasme, praticamente agora que temos faculdade na cidade e em toda região.


Na minha época, existia a Associação Universitária Icoense – AUI, onde participávamos de tudo que ocorria em nossa volta, do mundo partidário, ideológico ou não, aos questionamentos sociais, históricos, educacionais, e discussões que envolvessem a nossa categoria.


Existia até eleição para a AUI, que por sinal, era muito movimentada. Hoje, repita-se, nem AUI temos mais.


E os grêmios estudantis? Existem em Icó?


Aliás, quais são as instituições que funcionam em Icó?


Urge uma mudança. Temos que criar mecanismos capazes de incentivar, educar, melhorar, tanto a nossa cultura como a economia.


Culpar as lideranças políticas atuais e do passado, pela situação em curso, é querer politizar o debate. Cada um, em (sua) consciência, deve buscar pra suas mãos as responsabilidades devidas.


Em vários municípios do Ceará, foram criadas associações dos amigos e amantes dos torrões, na capital de José de Alencar. O Icó é o terceiro mais antigo município do Estado. Não temos representação nesse aspecto em Fortaleza.


Em Brasília, capital dos brasileiros, Lindomar Borges e outros bons homens (e mulheres), criaram a associação dos icoenses, que funciona com sucesso.


Em Icó, alguns poucos jovens, criaram a AMICÓ – Associação dos Amigos do Icó, mas, ainda sem definição propriamente dita de seus objetivos, já que por coincidência, os principais entusiastas, não residem na terrinha.


Deixo a reflexão em vários pontos. Sem forma de texto, mas com chamamento de conteúdo.


Caso contrário estaremos confirmando a máxima dum poeta bem próximo, que a mim confidenciou: “Icó é culturalmente pobre e economicamente falido”.


Para Icó crescer precisa de todos nós, independente de cores partidárias, de crenças, de preconceitos ideológicos.


Mova-se!!! Estou a disposição!!!












































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