Nasci em Icó (CE) em 1969, imbricado no sítio histórico de tal maneira, que após um período distante, há seis anos estou de volta ao mesmo local; desta feita, já na condição de casado, com uma esposa e três filhos, todos apaixonados pela Rua Desembargador José Bastos.
Fomos criados observando o Largo do Theberge; admirando o Teatro da Ribeira dos Icós; ouvindo as histórias da baleia entre o Sobrado do Barão do Crato (e Teatro) e, como toda criança, pré-adolescente, jovem, “jogando uma bolinha” debaixo dos centenários tamarindeiros da Rua das Almas.
Hoje, ninguém participa de futebol, jogos, etc e tal, em qualquer rua (onde moro), e nas citadas circunvizinhas – Senhor do Bonfim – Dr. Inácio Dias – Rosarão – São Geraldo - como outrora. Inclusive, registre-se, meus filhos.
Estão castrando a nossa juventude. As crianças nem sabem o que isso significa. O congraçamento, as reuniões, os bate-papos diretos, envolventes, estão todos sendo trocados pela internet, pelos jogos virtuais, pela paranóia duma modernidade questionável.
Feitas essas considerações, até pergunto: “e os jovens? E os universitários do Icó? Onde estão"? Todos silentes!
Não existe mais associação de universitários em Icó e, pasme, praticamente agora que temos faculdade na cidade e em toda região.
Na minha época, existia a Associação Universitária Icoense – AUI, onde participávamos de tudo que ocorria em nossa volta, do mundo partidário, ideológico ou não, aos questionamentos sociais, históricos, educacionais, e discussões que envolvessem a nossa categoria.
Existia até eleição para a AUI, que por sinal, era muito movimentada. Hoje, repita-se, nem AUI temos mais.
E os grêmios estudantis? Existem em Icó?
Aliás, quais são as instituições que funcionam em Icó?
Urge uma mudança. Temos que criar mecanismos capazes de incentivar, educar, melhorar, tanto a nossa cultura como a economia.
Culpar as lideranças políticas atuais e do passado, pela situação em curso, é querer politizar o debate. Cada um, em (sua) consciência, deve buscar pra suas mãos as responsabilidades devidas.
Em vários municípios do Ceará, foram criadas associações dos amigos e amantes dos torrões, na capital de José de Alencar. O Icó é o terceiro mais antigo município do Estado. Não temos representação nesse aspecto em Fortaleza.
Em Brasília, capital dos brasileiros, Lindomar Borges e outros bons homens (e mulheres), criaram a associação dos icoenses, que funciona com sucesso.
Em Icó, alguns poucos jovens, criaram a AMICÓ – Associação dos Amigos do Icó, mas, ainda sem definição propriamente dita de seus objetivos, já que por coincidência, os principais entusiastas, não residem na terrinha.
Deixo a reflexão em vários pontos. Sem forma de texto, mas com chamamento de conteúdo.
Caso contrário estaremos confirmando a máxima dum poeta bem próximo, que a mim confidenciou: “Icó é culturalmente pobre e economicamente falido”.
Para Icó crescer precisa de todos nós, independente de cores partidárias, de crenças, de preconceitos ideológicos.
Mova-se!!! Estou a disposição!!!
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