sábado, 22 de março de 2014

OFICIAL DISTRIBUIDOR!

 
Oziel Gassman Peixoto Correia Lima, diligente serventuário da justiça, é oficial de justiça há 25 (vinte e cinco) anos, com assento na comarca de Icó (CE).

Porém, antes de ser este zeloso “homem da lei”, Gassman como é conhecido na seara judicial – e pelos promoventes e promovidos -, trabalhou por alguns anos no Cartório do 2º. ofício, cuja titularidade é do nosso querido amigo Edmir Peixoto dos Santos.

Pois bem, Gassman logrou êxito em concurso público e assumiu sua missão de oficial, deixando o cartório. Aliás, trabalho árduo, pois percorre todo o município icoense para citar-intimar pessoas com processos judiciais no fórum.

E à época, diga-se, realizava o trabalho sozinho.

Anos depois, Geraldo Glaudécio, responsável cidadão, após abertura de nova vaga de oficial de justiça, com sucesso também foi aprovado em certame público e, doravante, começou a dividir as tarefas com o mais antigo servidor, no caso, “Seu Gassman”.

Pois bem, sabe-se que o Icó tem dois mil quilômetros quadrados de extensão territorial, entre zona rural e urbana. Ademais, têm regiões longínquas e de difícil acesso. Tanto por pista de asfalto, bem como, carroçável da pior espécie.

Ocorre, que “sabido” demais e com mais experiência em atividades forenses, Gassman informou a Glaudécio, que por ser o decano (o mais antigo), “era considerado o oficial distribuidor dos processos”, com responsabilidade de entregar as “intimações-mandados” e dividir as tarefas aos dois “oficiais de justiça”.

E assim foi feito!

Por três anos consecutivos, Gassman, dividia os processos para intimação. Glaudécio, sem nada saber do que se tratava, recebia as intimações apenas do Icozinho; do distrito de Pedrinhas; Cruzeirinho; Catavento, e em outros feitos, já chegando às divisas do Rio Grande do Norte e do Estado da Paraíba, por estradas esburacadas, serras e altitudes sem fim.

Enquanto isso, Gassman, o oficial distribuidor, cumpria seu trabalho apenas na sede da cidade (perto de sua casa e do fórum) e, no máximo ao distrito de Lima-Campos, por via asfáltica e sem transtornos.

Exausto de tanto trabalho, e já com vontade de deixar o cargo, eis que Glaudécio foi se queixar ao juiz de direito, que à época, funcionava em Icó.

Somente depois disso, após vários anos de transtornos, Geraldo Glaudécio, nosso bom homem, até então inocente, ficou sabendo da esperteza de seu companheiro Gassman.

Hoje, os dois mil quilômetros que se forma(m) todos os quadrantes de Icó, “de igual maneira”, são percorridos por nossos dois “oficiais de justiça”, queridos e respeitados por nossa comunidade e pelos operadores do direito com militância local.    

Gassman, agora, não distribui mais os processos!    

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